Composições catiônicas da água e peróxido de hidrogênio na produção de mudas de maracujazeiro amarelo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: SILVA, José Joedson Lima.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar - CCTA
PÓS-GRADUAÇÃO EM HORTICULTURA TROPICAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/21166
Resumo: Devido a sua importância econômica, o maracujazeiro disseminou-se rapidamente por todas as regiões brasileiras, com destaque para o Nordeste, que tem liderado sua produção nos últimos anos. No entanto, o semiárido do nordeste brasileiro, devido apresentar escassez hídrica na maior parte do ano e elevada taxa de evapotranspiração, é a região mais afetada pela salinidade das águas e do solo, evidenciando a necessidade de novas estratégias que possibilitem uma produção satisfatória das culturas sob essas condições de cultivo. A aplicação de H2O2, em baixas concentrações, tem provocado resultados positivos na ativação de diversas respostas fisiológicas que aumentam ou permitem a tolerância das plantas à salinidade. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo avaliar o crescimento, o desenvolvimento e os índices fisiológicos de maracujazeiro amarelo sob diferentes composições catiônicas da água de irrigação e aplicação exógena de peróxido de hidrogênio. O experimento foi instalado em sacolas plásticas de polietileno e conduzido sob condições de casa-de-vegetação do Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar (CCTA), em Pombal-PB. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 6 x 4, com quatro repetições, cujos tratamentos resultaram da combinação entre seis composições catiônicas da água [S1 – Testemunha (0,3 dS m-1); S2 - Na+; S3 - Ca2+; S4 - Na+ + Ca2+; S5 - Mg2+ e S6 - Na+ + Ca2+ + Mg2+, com a proporção de 1:1 entre Na+ + Ca+ e de 7:2:1 entre Na++ Ca2+ + Mg2+, respectivamente] e quatro concentrações de peróxido de hidrogênio – H2O2 (0, 20, 40 e 60 μM), com quatro repetições. Com exceção do S1, os demais tratamentos foram irrigados com água de 3,6 dS m-1, preparadas a partir de diferentes cátions na forma de cloreto. As aplicações foliares tiveram início aos 20 DAS, a irrigação com as águas de respectivas naturezas catiônicas aos 25 DAS e as avaliações foram feitas aos 60 DAS. A concentração de 40 μM de H2O2 reduziu a percentagem de dano celular nas plantas de maracujazeiro-azedo ‘BRS ‘GA1’, aos 60 dias após a semeadura. A síntese de clorofila a do maracujazeiro-azedo foi inibida pela irrigação com águas constituídas de Na+, Ca2+, Mg2+ e Na2+ + Ca2+ + Mg2+. A concentração de 60 μM de H2O2 aumentou a eficiência quântica do fotossistema II nas plantas irrigadas com água de baixa salinidade (0,3 dS m-1). A irrigação com água de condutividade elétrica de 3,6 dS m-1 afetou negativamente a fitomassa seca da raiz e o diâmetro do caule de plantas de maracujazeiro-azedo ‘BRS GA1’, independente da composição catiônica da água. A concentração de 40 μM de H2O2 reduziu o efeito do estresse salino na área foliar das plantas irrigadas com águas constituídas de Na+, Na+, + Ca2+ e Na+ + Ca2+ + Mg2+ . As concentrações de 20 e 40 μM de H2O2 promoveram a formação de mudas mais vigorosas quando irrigadas com água constituída de Na+ + Ca2+ + Mg2+, tornando-as aceitáveis para o transplantio em campo.