"A única coisa que nos une é o desejo": produção de si e sujeitos do desejo na vivência da homossexualidade em Campina Grande/PB.
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/11586 |
Resumo: | O trabalho que aqui se apresenta tem como tema a vivencia da homossexualidade em Campina Grande/PB. Durante sua produção, muitas foram as ressignificações e mudanças feitas. Partimos da escolha por trabalhar a partir de entrevistas com homens homoeroticamente desejantes, com mais de quarenta anos, moradores de Campina Grande, e que viveram aqui entre as décadas de 1970/1980. Lançando mão do suporte conceitual dos Estudos Culturais, em sua expressão Pós- Estruturalista, nos preocupamos com o papel da linguagem na significação do mundo e de si, levando em consideração a historicidade e contingencia dos sujeitos. A partir disso, discutimos sobre o processo de identificação que esses homens estabelecem (ou não) com os códigos culturais e os significados referentes aos seus desejos, as suas praticas sexuais, a sua relação com os/as outros/as, as identidades que Ihes são apresentadas e/ou atribuídas, a experiencia com os signos da masculinidade, enquanto homoeroticamente desejantes. E na produção de si enquanto sujeitos do desejo, nossos entrevistados nos possibilitaram questionar a suposta essencialidade do sujeito, a fixidez das identidades, a naturalização da masculinidade, posto que suas falas denunciam a frequente negociação entre a pratica de seus desejos e as exigências dos códigos culturais com os quais estão envolvidos. E se e possível observar uma tendencia em categorizar os homens que desejam outros homens, tratando-os enquanto uma classe, com toda homogeneidade que esse termo pressupõe, suas narrativas nos sugerem que a unica coisa que os une e o desejo, este que e anárquico e contraditório. |