Uma análise sociológica sobre a homossexualidade na obra Em nome do desejo de João Silvério Trevisan.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Fonseca, Tales Flores da
Orientador(a): Balieiro, Fernando de Figueiredo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Departamento: Instituto de Filosofia, Sociologia e Politica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5321
Resumo: O presente trabalho propõe-se a realizar uma investigação acerca da obra Em nome do Desejo (1983), onde é possível estabelecer uma imbricação entre a vida de Trevisan e sua produção literária, por lidar com um cenário que permeou sua infância, isto é, a narrativa se passando em um Seminário de Padres, no espaço em que o autor, não apenas conviveu ao longo de sua infância/adolescência, mas onde passou a desenvolver suas atividades políticas. O objetivo é entender de que forma a sexualidade entre meninos é trazida ao discurso. Procuraremos enfatizar o estudo no âmbito de como o desejo é sacralizado pela relação no interior do seminário. Sendo assim, parte-se da compreensão de que o desejo não é abstrato, de modo a ser submetido ao limites da norma, mas que a relação entre meninos é tomada como parte do agenciamento que, performativamente, é constituído através da norma. Nesse sentido, a experiência da carne é vivenciada, tanto como pecado, como parte da ascese espiritual. Tomando, assim, a experiência mística como conciliação entre carne e espírito, refletindo na carnalização da imagem de Jesus de modo a produzir o significado do amor, afeto e paixão entre meninos no seminário. Por fim, toma-se como referência as bases que constituem a experiência de Trevisan, de modo a compreender como a pertença a uma geração propiciou uma intensa atividade política a postura como um intelectual crítico do seu tempo.