Efeito da secagem em leito de jorro sobre a extração de fenóis e taninos totais da casca da romã (Punica granatum L.).
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Ciências e Tecnologia - CCT PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7209 |
Resumo: | A produção de frutas no Brasil está em torno de 33 milhões de toneladas por ano. A romã (Punica granatum, L.) é uma fruta originária da região do Oriente Médio. Não nativa, porém, cultivável em solo brasileiro, a árvore cresce em regiões áridas, sendo encontrada largamente no sertão paraibano. A produção da fruta se dá no período de setembro a fevereiro. A casca da fruta apresenta, em sua composição, compostos fenólicos destacando-se os taninos. Os taninos são compostos polifenólicos, distribuídos em plantas, alimentos e bebidas. Estes compostos têm peso molecular relativamente elevado, são solúveis em água e apresentam potencial antioxidante e antinflamatório. As indústrias farmacêuticas têm um particular interesse pelos extratos vegetais secos, por apresentarem melhor precisão na dosagem, facilidade de manuseio, transporte e armazenagem e por manterem a estabilidade química, microbiológica e farmacológica do produto. A presente tese trata da secagem de cascas trituradas de romã in natura em secador de leito de jorro. Frente a outros tipos de secadores o leito de jorro é considerado de baixo custo de aquisição, fácil instalação e operação, constituindo-se uma alternativa a ser considerada na secagem e obtenção do extrato seco da casca da romã. O extrato seco pode ser utilizado pelas indústrias de alimentos, químicas e principalmente farmacêuticas como fonte de compostos fenólicos na produção de fitoterápicos. A secagem no leito de jorro valoriza o caráter inédito deste trabalho, uma vez que na literatura os trabalhos de secagem neste tipo de secador se referem tradicionalmente a leitos de partículas de conformidade homogenea em relação ao tamanho e forma, como grãos e sementes com umidades intermediárias e a secagem de pastas e suspensões de alta umidade sobre leito de partículas inertes. Foi realizado o estudo prévio da caracterização do material e do comportamento fluidodinâmico do leito através da obtenção das curvas características de queda de pressão em função da vazão do ar com obtenção dos parâmetros relativos a estabilidade do leito. Os parâmetros queda de pressão máxima e nas condições de jorro estável e velocidade de jorro mínimo aumentaram com a altura do leito e com o teor de umidade das cascas, observando-se importante influência das mudanças nas características das partículas devido à secagem no comportamento fluidodinâmico do leito. Foram obtidas as curvas de secagem no leito de jorro das cascas trituradas para uma carga correspondente a altura do leito de 15 cm e em três níveis de temperatura 50, 65 e 80°C, mantendo-se a vazão de ar 20% superior a vazão de jorro mínima determinada nos ensaios fluidodinâmicos. Foi observada importante influência da temperatura nas curvas de secagem com redução expressiva do tempo para atingir o equilíbrio na temperatura de 80°C (cerca de 30 minutos). Os modelos cinéticos empíricos de secagem, de Henderson e Pabis e de Page se ajustaram bem aos dados experimentais da razão de umidade em função tempo. Para se avaliar a extração em água de fenóis e taninos presentes nos extratos secos foram realizados experimentos de secagem com base em um planejamento experimental 22 com três repetições no ponto central e mais quatro pontos axiais tendo como variáveis independentes a temperatura (44, 50, 65, 80 e 86ᵒC e a altura do leito (8, 10, 15, 20 e 22 cm). O processo de extração com água se deu na temperatura de 30ᵒC sob agitação, os extratos passaram por reação com o agente complexante Folin Denis, sendo determinadas por espectrofotometria as concentrações de fenóis e taninos totais. O rendimento de fenóis e taninos totais variou de 52 a 82% e de 31 à 58 % respectivamente. O planejamento experimental forneceu modelos estatisticamente significativos e preditivos para os rendimentos em função das variáveis independentes sendo encontrada a condição ótima para a secagem e posterior extração dos princípios ativos: temperatura de 50ᵒC e altura do leito de 20 cm. |