Em frente ao espelho, recompondo e decompondo cacos de si: intelectualidade e memória em Gilberto Amado.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: CAVALCANTE, Maria Cláudia.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2544
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo problematizar a construção de imagens para Gilberto Amado por meio de sua narrativa memorialista, contemplada em cinco livros de memórias. Várias faces do autor são construídas em suas memórias, em especial aquela que almeja constituir e sedimentar sua imagem enquanto intelectual. Assim, pretendemos problematizar o percurso delineado, em suas memórias, com vistas à construção do intelectual Gilberto Amado. Percurso este que vai desde a narrativa em torno de suas relações familiares, educacionais e pessoais até os posicionamentos intelectuais do autor quando político na Primeira República e atuação no governo Vargas. Procuramos problematizar as estratégias discursivas utilizadas pelo autor com o intuito de legitimar sua posição de intelectual e não cair no ostracismo. Aqui o discurso memorialístico é considerado como produtor de sentidos e como inventor de verdades. Nesta perspectiva, a linguagem não é encarada como exterior à experiência de vida de Gilberto Amado, nem tampouco como uma verdade a ser revelada, mas como uma singular invenção de si. Pretendemos, no que entendemos como ofício do historiador, desconstruir estas verdades, atuar nas fissuras das imagens que Amado queria que se solidificassem por meio de palavras.