A fábula e o efeito-fábula na obra infantil de Monteiro Lobato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Souza, Loide Nascimento de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/103637
Resumo: O presente trabalho tem como foco principal o estudo da fábula e do efeito-fábula na obra infantil de Monteiro Lobato (1882-1948). Como ponto de partida, traz uma ampla abordagem da crítica da fábula, começando pela pesquisa retórica e passando por estudos tradicionais do gênero, como os de Lessing, Perry, Nøjgaard e Adrados. Ainda no capítulo inicial, destacam-se as contribuições brasileiras aos estudos da fábula e a presença de uma metalinguagem sobre o gênero no espaço ficcional de Fábulas, de Monteiro Lobato. Entre os estudos brasileiros, elege-se o efeito-fábula de Lima como uma das bases do trabalho. Sucintamente, o conceito aplica-se a qualquer expressão, sequência frásica ou composição que lembre o princípio estrutural da fábula esópica. Definidos os conceitos, aborda-se a relevância da fábula no projeto inicial de Monteiro Lobato para a literatura infantil brasileira e, na sequência, passa-se ao estudo da presença do gênero nas obras infantis do autor. O segundo capítulo inicia-se, portanto, com a abordagem do surgimento do primeiro livro de fábulas de Lobato e o seu esforço para atualizar e revisar os textos, o que conduz a resultados como a duplicação do espaço narrativo. Tendo em vista que a maioria das fábulas é de origem europeia e que, após o texto fabular, são acrescentados os comentários e questionamentos dos ouvintes, considera-se que esse segundo espaço tem um caráter antropofágico, conforme a concepção de Oswald de Andrade, sendo dedicado, por isso, um subtópico exclusivo para esse aspecto. Na sequência do mesmo capítulo, são estudadas as personagens animais e as ressonâncias da fábula em Histórias de tia Nastácia. Para tanto, são utilizados como suporte os estudos de Adrados, segundo...