Já tomou seu shake hoje? A construção social do corpo feminino sob a ótica das frequentadoras do espaço vida saudável da Herbalife.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: TOMÉ, Cibele de Albuquerque.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4722
Resumo: O culto ao corpo é um reflexo da ditadura da beleza imposta às mulheres na sua vida cotidiana, logo, entender e analisar as variáveis que envolvem esse fenômeno é importante para o estudo da sociologia urbana. A pesquisa teve como objetivo geral analisar a construção social do corpo feminino das frequentadoras do E.V.S. Parti do pressuposto de que há um processo de mudança nas formas de alimentação e, nessa trajetória, o Shake da Herbalife se caracteriza como uma alternativa à esta nova disciplina alimentar para o corpo na contemporaneidade. Assim, estabeleci 4 categorias teóricas para entender a construção social do corpo: na primeira, o corpo - e a construção social; na segunda, o corpo na sociedade do espetáculo; na terceira, a nova cultura corporal e, por fim, a (re)produção do corpo feminino em um Espaço Vida Saudável – EVS. A pesquisa foi uma etnografia que durou 18 meses, e o instrumento escolhido foi a entrevista semiestruturada, e as informações coletadas foram compiladas em 4 categorias: corpo, sentimentos, espaço vida saudável e shake. A amostra foi composta de 16 mulheres participantes do EVS e de diversas faixas etárias buscando a heterogeneidade da amostra. A escolha pelo gênero feminino se deu porque historicamente as mulheres são mais cobradas a terem um corpo dito perfeito. Portanto, analisar as sociabilidades praticadas por elas, principalmente, dentro deste espaço se faz relevante para a sociologia do corpo. Assim, parti para a observação das narrativas desenvolvidas neste espaço sob a perspectiva do gênero feminino, visto ser o corpo um importante lugar de construção das identidades das mulheres. Observei também as práticas sociais estabelecidas através do discurso do corpo, sem deixar de lado o viés médico e midiático reproduzido por esses discursos, uma forma de gestão da corporeidade com vistas à saúde e à beleza; ao bem-estar e à felicidade e que tem em comum a busca pela magreza. Foram ainda observadas imagens e discursos (verbais e não verbais) que destacaram a exacerbada preocupação com o corpo, como uma atitude obrigatória às mulheres, e que de muitas maneiras estão incutidas no estilo de vida contemporâneo dessas mulheres. Desta maneira, investiguei como elas percorrem as dimensões do culto ao corpo, suas motivações e o sentido dado à magreza, e por onde concluí que o culto ao corpo é motivado e associado aos padrões de saúde e sucesso para a maioria deste grupo pesquisado.