Os frutos da resistência: sindicalismo e luta dos assalariados da fruticultura irrigada no submédio São Francisco.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SILVA, Guilherme José Mota.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/153
Resumo: Este trabalho objetiva refletir sobre as ações políticas elaboradas pelos trabalhadores assalariados rurais da fruticultura irrigada no Submédio Vale do São Francisco - SMSF. Propomos a análise não apenas das dinâmicas e ações institucionalizadas no âmbito dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais, mas consideramos também os processos e as relações sociais que se forjam além dos espaços e do discurso institucional, atentando nesse sentido para estratégias políticas elaboradas diante das experiências cotidianas dos trabalhadores. Inicialmente partimos a nossa análise dos processos socio-históricos que viabilizaram e influenciam as dinâmicas produtivas da fruticultura irrigada, atentando para as especificidades das relações de trabalho atreladas a uma produção orientada para o mercado externo. Dessa forma, observamos que a dinâmica de trabalho está baseada em um modelo onde prevalece um elevado grau de especialização, controle, intensidade e é demarcada pela sazonalidade. Em seguida observamos como tais processos informam e abrem possibilidades para as estratégias políticas de que lançam os trabalhadores. Diante disso, as reflexões centrais desse trabalho baseiam-se nas práticas cotidianas de resistência explícitas ou ocultas, institucionalizadas ou não. Analisamos ações que vão desde estratégias como amarrar serviço, burlar fiscalização até práticas mais institucionalizadas no espaço sindical, como a negociação coletiva de trabalho e greves. Consideramos ainda que essas ações se informam mutuamente, se articulam e abrem possibilidades para tanto para política sindical, como para o empoderamento e reconhecimento de direitos pelos trabalhadores. Adotamos uma metodologia de análise qualitativa, dando ênfase aos documentos acessados nos acervos dos sindicatos, bem como os arquivos de jornais impressos e virtuais locais. Além disso, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com trabalhadores, diretores, delegados e assessores sindicais, bem como pesquisa de campo.