Consumo hídrico, produtividade e qualidade do fruto da goiabeira irrigada na região do submédio São Francisco.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: MOURA, Magna Soelma Beserra de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/2398
Resumo: O presente trabalho objetivou determinar as necessidades hídricas de um pomar de goiabeira Paluma, com cinco anos de idade, plantada no espaçamento de 6 m x 6 m e irrigada por microaspersão, em área de produtor no Submédio São Francisco, com base na determinação da evapotranspiração da cultura (ETc) usando as metodologias do balanço de energia com base na razão de Bowen (BERB) e do balanço hídrico no solo (BHS). Para determinação da ETcBERB foi instalada uma torre micrometeorológica localizada no centro do pomar, com sensores de saldo de radiação, radiação solar global, radiação refletida, temperatura de termojunções seca e úmida e velocidade do vento, estes últimos em dois níveis acima da copa da planta; e no solo, sob a copa da planta, foi instalada placa de medida do fluxo de calor no solo. Enquanto para determinação da ETCBHS, instalouse um pluviômetro, um painel eletrônico para monitorara irrigação e tensiômetros e sondas de perfil de umidade para determinação da umidade do solo. A ETc foi relacionada com a evapotranspiração de referência (ETo) obtida pelo método da FAO-Penman-Monteith para determinar o coeficiente de cultura (Kc) da goiabeira. Ademais, foram realizadas observações da fenologia e da produtividade da cultura. A área experimental era composta por dois tratamentos de irrigação: 1) PR - área do produtor e 2) PE - área da pesquisa. No tratamento PR, a aplicação de água foi realizada em conformidade com as indicações contidas no projeto de irrigação; já no tratamento PE, a lâmina de irrigação foi obtida em função do coeficiente de cultura (Kc) determinado em uma etapa anterior (Etapa 1), da eficiência de aplicação de água (Ea) determinada em campo e da evapotranspiração de referência (ETo) determinada em uma estação agrometeorológica convencional. Os resultados apontaram o ciclo produtivo com duração de 179 dias, divididos em 7 fases fenológicas. A curva de crescimento dos frutos apresentou comportamento de dupla sigmóide, com concentração de colheita em tomo dos 1 35 dias após a floração. O índice de pegamento de frutos foi maior nas plantas do tratamento PR (38,3%) do que as plantas do PE (19,7%), resultando em maior produtividade naquele tratamento. O saldo de radiação (Rn) representou 65% da radiação solar incidente (Rg) e pode ser estimado por meio da seguinte equação: Rn = 0,6803.Rg - 8,4489, R2 = 0,9939. Constatou-se ainda, que o albedo médio do pomar de goiabeira durante o ciclo produtivo foi igual a 17,2%. Quanto aos componentes do balanço de energia, o fluxo de calor latente (LE) representou 90,7% de Rn, enquanto os fluxos de calor sensível e de calor do solo representaram 12,3 e 3,63%, respectivamente. O valor médio de ETcBERB para o ciclo da goiabeira foi 5,3 mm dia"1, condicionando a obtenção de um valor de KcBERB a 1,1, mostrando-se bastante superior ao valor determinado na Etapa 1, que foi 0,77. Essa variação foi atribuída ao aumento da área foliar e idade do pomar. Os valores médios da ETc obtida por meio do balanço hídrico no solo para os tratamentos do produtor (ETc BHSPR) e da pesquisa (ETcBHSPE) foram iguais a 6,3 mm dia" e 5,6 mm dia"', respectivamente. A quantidade de água aplicada nos dois tratamentos não apresentou grande diferença na quantidade e qualidade dos frutos; no entanto, o uso eficiente de água (EUA) foi maior no tratamento PE (2,91 kg mm"1) em comparação com o tratamento PR (2,66 kg mm-1).