Reúso controlado de água na irrigação de alface (Lactuca sativa L.).
Ano de defesa: | 2005 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/11747 |
Resumo: | As águas residuárias tratadas vem sendo cada vez mais utilizadas em todo o mundo, como fontes alternativas de água para diversos usos, principalmente para usos menos exigentes. Para que a pratica do reuso seja sanitária e ambientalmente segura, não aumentando o risco de transmissão de doenças nos agricultores e consumidores finais recomendam-se, como padrões microbiológicos, ate 1000 coliformes fecais /100 mL, e parasitológicos <1 ovo de helminto / litro de efluente, para águas residuárias utilizadas na irrigação de vegetais consumidos crus (WHO, 1989). Destaca-se, neste trabalho, uma experiencia de reuso direto de esgoto tratado em uma lagoa de estabilização no cultivo da alface (Lactuca sativa L), avaliando a influencia da irrigação na qualidade microbiológica e parasitológica da hortaliça, alem das modificações físicas e químicas que ocorrem no solo com a aplicação de água residuária e da adição da adubação orgânica. O experimento foi conduzido nas dependências da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do município de Campina Grande, PB, pertencente a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (CAGEPA), em delineamento experimental inteiramente ao acaso, com quatro repetições, cujos fatores são dois tipos de água (abastecimento e residuária, tratada por sistema de lagoas de estabilização) e presença ou não de estrume bovino. Realizaram-se dois ciclos de cultivo de alface e os resultados foram analisados estatisticamente, o primeiro de julho a agosto/2003 e o segundo de outubro a novembro/2003. Nas águas de irrigação foram realizadas analises físico-químicas, microbiológicas e parasitológicas, sendo esta ultima apenas para água residuária. Nas amostras de solo, retiradas no final de cada ciclo, variáveis químicas foram analisadas (fertilidade, salinidade, micronutrientes, metais pesados) e físicas e também analises de macronutrientes, micronutrientes e metais pesados na raiz e nas folhas da alface, bem como suas medições e produtividade; os resultados mostraram que a alface irrigada com o efluente da lagoa apresentou qualidade inferior aquela estabelecida pela Resolução 12/2001 da ANVISA. Em contrapartida, a maior produtividade e valores das variáveis não destrutivas foram encontrados nas alfaces produzidas sob irrigação com água residuária e adubação orgânica. A adição da matéria orgânica via estrume bovino, promoveu maiores alterações nas características químicas e físicas do solo e da alface. O reuso das águas residuárias torna-se bem mais seguro, desde que haja acompanhamento técnico-sanitário da qualidade química, física e microbiológica do sistema água - solo - planta, com enfase na cultura, particularmente se esta for ingerida crua. |