Ecotoxicidade de resíduos sólidos urbanos e de lixiviado gerado em aterro sanitário.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA, Elisângela Maria da.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/24967
Resumo: O estudo da ecotoxicidade em Aterros Sanitários tem por finalidade mensurar o potencial que os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), bem como o lixiviado, possuem em causar efeitos adversos ao meio ambiente e à saúde humana. Assim, neste trabalho, teve-se por objetivo determinar os efeitos ecotóxicos dos RSU e do lixiviado gerado em um Aterro Sanitário, utilizando organismos-teste de diferentes níveis tróficos. A metodologia foi dividida em duas etapas gerais: a primeira compreendeu a amostragem dos RSU recématerrados, com 1 e 2 anos de aterramento, coletadas no Aterro Sanitário em Campina Grande (ASCG), Paraíba, Brasil, em que foram determinadas a composição gravimétrica,a caracterização físico-química e classificação, os testes de fitotoxicidade por meio da Germinação Relativa das Sementes (GRS), o Crescimento Relativo da Raiz (CRR) e a análise da Concentração Efetiva (CE50,5dias) em sementes de tomate (Solanum lycopersicum) e repolho (Brassica oleraceae); na segunda etapa, realizaram-se ensaios físico-químicos e ecotoxicológicos em sementes de tomate, repolho, em microcrustáceo (Daphnia magna) e em minhocas (Eisenia andrei), utilizando o lixiviado in natura do ASCG. Para a fitotoxicidade dos RSU, na concentração de 1%, a GRS foi de 300, 20 e 7% (sementes de tomate) e de 117, 600 e 47% (sementes de repolho) para os resíduos recém-aterrados, com 1 e 2 anos, em respectivo. O CRR das sementes de tomate e de repolho, para os resíduos com 1 ano, foi de 105,4, 74,6 e 87,56% e de 84,94, 75,86 e 61,15%, respectivamente, nas diluições de 1, 5 e 10%. Para os resíduos com 2 anos, o CRR foi de 170, 171, 94, 70 e 60%, nas diluições de 1, 5, 10, 25 e 50% e de 18, 15,92, 34 e 49,61% nas concentrações 1, 5, 10 e 25%, em sementes de tomate e de repolho, em sequência. Observaram-se uma CE50,5dias de 20,85 e 47,91% nas sementes de tomate e uma CE50,5dias de 40 e 32% nas sementes de repolho, para os resíduos com 1 e 2 anos, nesta ordem. As sementes de tomate e de repolho expostas ao lixiviado apresentaram CE50,5dias de 12,75 e 16,78%, respectivamente. Na avaliação da toxicidade do lixiviado, obtiveram-se uma CE50,48h de 1,22%, para a Daphnia magna, e uma Concentração Letal (CL50,14dias) de 56%, para a Eisenia andrei. O ensaio comportamental de fuga, demonstrou que a exposição às concentrações entre 10,38 e 39,86 mL.kg-1 de lixiviado levou à fuga das minhocas e a perda de habitat foi observada na concentração de 55,80 mL.kg-1, na qual se obteve Fuga (F) ≥8Ń%. Concluiu-se que a toxicidade dos resíduos nas sementes de tomate e de repolho reduziu com o aumento do tempo de aterramento. O lixiviado do ASCG mostrou-se muito tóxico às sementes, à Daphnia magna e à Eisenia andrei, sendo que, entre os organismos-teste avaliados, o microcrustáceo foi o mais sensível. Entretanto, os demais organismos mostraram-se adequados para a avaliação ecotoxicológica do lixiviado gerado no ASCG.