Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Santo, Danielli Gundes do Espírito |
Orientador(a): |
Correia, Fábio Veríssimo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/30870
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Resumo: |
Dentre os diversos tipos de agrotóxicos, uma classe que vem ganhando destaque é a dos neonicotinóides, que atua como agonista seletivo de receptores nicotínicos de acetilconina em insetos, com consequente hiperatividade nervosa e colapso do sistema nervoso. Apesar de melhorarem a produção agrícola, os agrotóxicos proporcionam impactos diretos à saúde humana e ao meio ambiente. Uma alternativa para a remediação ambiental de locais contaminados com este composto seria o tratamento com fotocatálise heterogênea com TiO2, uma vez que este processo tem se destacado pela sua elevada capacidade destrutiva de moléculas orgânicas. Concomitantemente, ensaios ecotoxicológicos com organismos-modelo podem ser realizados para indicarem se o tratamento resultará na redução da toxicidade do composto. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a toxicidade do inseticida acetamiprida antes e depois da fotocatálise heterogênea por TiO2/UV no organismo terrestre Eisenia andrei. O estudo consistiu na degradação do acetamiprida por fotocatálise heterogênea com TiO2/UV em diferentes tempos da reação. Na sequência, ensaios ecotoxicológicos com minhocas Eisenia andrei (ensaio de contato em papel de filtro, teste de fuga e ensaio da toxicidade aguda e crônica em solo natural) foram realizados para avaliação da atividade enzimática da GST e CAT e do quantitativo de GSH, relacionados ao estresse oxidativo, além de análises celulares, bem como determinação da variação de biomassa e taxa reprodutiva. Nos ensaios de contato, a CL50 foi 1,12 mg L -1, todas as minhocas morreram na maior concentração (10 mg L -1) após 24 horas de exposição e, as que sobreviveram em concentrações intermediárias, apresentaram alterações morfológicas, como inchaço, nódulos, partição e deformações clitelares, antes e após o tratamento com TiO2/UV. Nos tempos zero e quinze minutos da reação de degradação, todos os indivíduos morreram após 72 horas, indicando uma possível toxicidade dos fotoprodutos gerados durante a degradação. No ensaio crônico com o acetamiprida, houve redução no número de ovos em 100 % para a concentração 0,05 mg kg-1 e em 33,3% para a concentração 0,1 mg kg-1 e, no número de filhotes, redução de 91,3% para a concentração 0,05 mg kg-1 e em 50 % para a concentração 0,1 mg kg-1 em comparação com o controle. A atividade enzimática da catalase aumentou em relação ao controle após 45 dias na concentração 0,05 mg kg-1. Quanto ao ensaio crônico com os fotoprodutos, os tempos 0 e 15 minutos apresentaram inibição de 100 % no quantitativo de ovos e o tempo 0 minuto apresentou inibição de 100 % no número de filhotes. Nos testes de fuga, obtiveram-se respostas líquidas positivas nas maiores concentrações, ou seja, as minhocas apresentaram uma tendência de fugirem do lado do solo contaminado com o composto. No teste de fuga com o acetamiprida, as concentrações 0,1 e 1 mg kg-1 apresentaram respostas líquidas de 0,8667 e 0,6, respectivamente. Já no ensaio com os fotoprodutos, os tempos 10 e 30 minutos tiveram respostas líquidas de 0,433 e 0,1667, respectivamente. Também foram observadas alterações morfológicas na maior concentração (1 mg kg-1) após 48 horas no ensaio com o inseticida. Logo, o composto mostrou ser tóxico para as minhocas Eisenia andrei, o que levanta discussões acerca dos limites seguros para exposição humana e ambiental. |