Parasitoses gastrintestinais e caracterização do trânsito de caprinos e ovinos comercializados na feira de animais de Tabira, Sertão de Pernambuco.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: LIMEIRA, Clécio Henrique.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25474
Resumo: Devido às características da produção de pequenos ruminantes no Nordeste brasileiro, muitos produtores utilizam a venda de animais vivos em feiras livres como a principal via de comercialização de seus animais. Embora contribuam para o desenvolvimento econômico e social, essas feiras tornam-se facilitadoras no processo de transmissão e disseminação de doenças parasitárias e infecciosas, por meio do grande fluxo de animais, pessoas e fômites contaminados. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi verificar a ocorrência de parasitismo gastrintestinal e caracterizar o trânsito de caprinos e ovinos comercializados na feira de animais de Tabira, Sertão de Pernambuco. Ao todo, foram coletadas amostras de fezes e sangue de 84 caprinos e 92 ovinos comercializados entre os meses de novembro de 2014 e janeiro de 2015. Os caprinos apresentaram frequência de 70,24% e os ovinos 78,26% de animais positivos na contagem de ovos por grama de fezes (OPG). As fêmeas caprinas (75,44%) e os machos ovinos (82,93%) adultos foram mais acometidos. Os caprinos apresentaram maior média de OPG (6.804), maior proporção de anemia (40,68%) e maiores níveis de infecção pesada (11,87%) e fatal (20,35) em comparação aos ovinos. Ao analisar a origem dos animais, observou-se que os provenientes de outros estados demostraram serem mais acometidos. Na coprocultura, foi verificado que larvas de Haemonchus sp. são as mais frequentes, tanto em caprinos (90,34%), quanto em ovinos (91,87%). Quanto ao trânsito, durante o ano de 2014, a feira recebeu 76.426 caprinos e ovinos provenientes de três estados, Pernambuco (56,67%), Bahia (37,78%) e Paraíba (5,46%). Com relação à saída, os animais tiveram os estados de Pernambuco (78,10%) e Paraíba (20,20%) como principais destinos. Os meses com maior e menor movimento de caprinos e ovinos na feira foram abril (7.608 animais) e outubro (5.123 animais), respectivamente. As Guias de Trânsito Animal (GTA) com as finalidades engorda e abate representaram 98,88% do total de guias de saída emitidas. A feira de animais de Tabira/PE representa um local de potencial risco para a disseminação de doenças parasitarias e infecciosas de caprinos e ovinos, sendo necessária uma vigilância eficiente sobre os animais que entram e saem do recinto, a fim evitar a transmissão e o alastramento de doenças.