Desenvolvimento de membranas de gelatina para liberação controlada de fármacos em ulcerações de mucosa oral.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: RABELLO, Isabel Portela.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E ENGENHARIA DE MATERIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/16101
Resumo: A Estomatite Aftosa Recorrente (EAR) é uma das mais comuns alterações patológicas da mucosa oral, de tamanho e duração variáveis, tipicamente encontradas na mucosa oral não-queratinizada. Os agentes tópicos são o primeiro tratamento de escolha para essas ulcerações, por serem eficazes e seguros, porém apresentam como desafio a efetividade da liberação da droga no local da lesão. Medicações tópicas são facilmente removidas da área alvo e essa limitação pode ser restringida através do desenvolvimento de membranas que permaneçam em contato prolongado com a mucosa e liberem, gradativamente, o medicamento sobre a lesão. Esta pesquisa teve por objetivo o desenvolvimento de uma membrana mucoadesiva de gelatina que libere triancinolona acetonida e extrato de Chamomilla gradativamente sobre a lesão. Preparou-se uma solução a 4% de gelatina associada a 0,8% de glicerina e nela foi incorporada 0,0048% de triancinolona acetonida e/ou 0,48% de extrato de Chamomilla. A solução final foi vertida em placas de petri e o solvente evaporado em estufa com circulação de ar a 30ºC. As membranas foram reticuladas por três técnicas: solução de glutaraldeído a 0,5% e 2,0%, radiação ultravioleta e solução de genipina a 0,1%, 0,001% e 0,0005%; e caracterizadas por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), Microscopia de Força Atômica (AFM), Espectroscopia do Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR), ensaio de biodegradação in vitro e grau de intumescimento, estudo da liberação controlada da triancinolona acetonida e de sua associação com o extrato de Chamomilla, ensaio de molhabilidade e, por fim, ensaio de bioadesão. Através da análise por MEV podese perceber que as membranas de gelatina com extrato de Chamomilla apresentam uma superfície homogênea, possivelmente com total incorporação do extrato, enquanto nas membranas com triancinolona acetonida pode-se perceber pequenos aglomerados do fármaco. As variáveis apresentaram perfis de micrograma muito próximos quando comparadas através da técnica de AFM, exceto para o caso da membrana com incorporação do extrato de Chamomilla, que apresentou maior homogeneidade superficial. As membranas reticuladas por genipina apresentaram o grau de intumescimento e o perfil de biodegradação in vitro mais satisfatórios para o uso pretendido do que quando reticuladas por radiação Ultravioleta. Através da solução com concentração de genipina a 0,0005% e tempo de exposição de 1 minuto atingiu-se o período desejado de permanência da membrana em saliva artificial antes de sua completa biodegradação. A presença do extrato de Chamomilla na membrana de gelatina incorporada com triancinolona acetonida pode auxiliar não só na terapêutica como na modificação do perfil de liberação do fármaco, promovendo uma liberação mais lenta. A membrana que apresentou menor hidrofilicidade e maior bioadesão foi a com incorporação de triancinolona acetonida. As variáveis mostraram-se homogêneas em seu comportamento de liberação e com baixo desvio padrão, fato que ressalta a metodologia coerente utilizada para a o uso pretendido.