O desempenho do/a ledor/a em situações de prova em tinta junto a pessoas cegas (PC).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: GUIMARÃES, Zuleide Maria de Arruda Santiago.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM LINGUAGEM E ENSINO
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3414
Resumo: O presente trabalho busca explicar situações de leitura no evento comunicativo prova elaborada para videntes em que, à/ao ledor/a, é atribuído um propósito: dar acesso à PC aquela informação escrita. Enquadrada no paradigma qualitativo de pesquisa com característica de microanálise (MOREIRA; CALEFFE, 2006; DENZIN; LINCOLN, (2006), o trabalho fundamentou-se nas contribuições da sociolinguística interacional (GUMPERZ, 1984; Drew; Heritage, 1992 (apud GARCEZ, 2006); GOFFMAN, 1998; RIBEIRO; GUMPERZ, 1998, TANNEN; WALLAT, 1998), de teorias do letramento (STREET, 1984, BARTON; HAMILTON, 2000; HAMILTON, 2000; TERZI, 2001; MORTATI, 2004), de teorias de leitura (SOARES, 1991; BEZERRA, 1999; KLEIMAN, 1989; 2004a; 2004b; CRUZ, 2004; FULGÊNCIO; LIBERATO, 2003) e teorias de inclusão (CARVALHO, 2000; 2004; CAIADO, 2004; JANUZZI, 2004; BRASIL, 2004; MANTOAN, 2006). Para dar conta dessas situações de leitura, o trabalho utilizou como dados para análise o registro em áudio e vídeo de nove provas em tinta aplicadas a cinco PC e entrevistas semiestruturadas realizadas com seis ledores/as e cinco PC no intuito de responder às questões: 1) Quais são os possíveis elementos linguísticos, textuais e conteudísticos do evento prova realizada entre ledor/a/PC? 2) Quais as estratégias de leitura utilizadas pelos/as ledores/as no evento prova junto à PC? e 3) Qual a concepção predominante de leitura/ledor/a para a PC? Respondidas as duas primeiras questões, foram detectadas três categorias de ledores/as em consonância com as estratégias de leitura utilizadas e com as orientações recebidas para o processamento da leitura: 1) conhecedor/a do assunto, não animador/a e seguidor/a das orientações da FUNAD e da intuição; 2) ledor/a conhecedor/a do assunto, não animador/a e seguidor/a de orientações extras; e 3) ledor/a não conhecedor/a do assunto, nem animador/a e seguidor/a de orientações referentes as suas experiências. Apesar da segunda categoria de ledores/as ter sido a que melhor atendeu às PC, ainda entendemos ser tal categoria insuficiente para uma leitura proficiente para PC. De posse da reposta à terceira questão referente ao conceito de leitura/ledor/a, propomos, a partir dos elementos ou práticas de leitura insignificativos à sociedade de videntes e captados nas entrevistas realizadas com os/as ledores/as e as PC, uma ampliação nesse conceito. Disso resultou um conceito de ledor/a como marca de pertença a grupos.