Águas salinas e aplicação foliar de peróxido de hidrogênio no cultivo de maracujazeiro amarelo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: ANDRADE, Elysson Marcks Gonçalves.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRÍCOLA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/3589
Resumo: A cultura do maracujazeiro apresenta grande importância socioeconômica para a região semiárida do Nordeste brasileiro. Entretanto, nessa região, a salinidade da água e do solo tem afetado a produção agrícola das culturas. Dessa forma, tem-se a necessidade de busca por alternativas que atenuem os efeitos do estresse salino sobre as culturas agrícolas, entre elas, o maracujazeiro amarelo. Pelo exposto, objetivou-se com esse trabalho avaliar o crescimento, índices fisiológicos, produção e qualidade pós-colheita do maracujazeiro amarelo, cultivado sob diferentes níveis de salinidades da água de irrigação e aplicação exógena de peróxido de hidrogênio. A pesquisa foi conduzida em casa de vegetação do CTRN/UFCG, utilizando-se o delineamento experimental de blocos casualizados, em esquema fatorial 4 x 4 com três repetições, cujos os tratamentos consistiram da combinação de quatro níveis de condutividade elétrica da água de irrigação - CEa (0,7; 1,4; 2,1 e 2,8 dS m-1) e quatro concentrações de peróxido de hidrogênio (0, 20, 40 e 60 μM). Avaliaram-se as trocas gasosas: concentração interna de CO2, taxa de assimilação de CO2, transpiração, condutância estomática, eficiência no uso da água, eficiência instantânea da carboxilação e eficiência intrínseca do uso da água, aos 61 e 96 dias após o transplantio (DAT). O crescimento do maracujazeiro foi determinado através do diâmetro do caule aos 35, 73 e 105 DAT; número de folhas, aos 35 e 73 DAT e as taxas de crescimento absoluto e relativo do diâmetro do caule nos períodos de 8 – 35; 8-73 e 8-105 DAT e após o final do ciclo, mensurou-se a fitomassa seca de folhas (FSF), caule (FSC) e total (FST). Aos 186 DAT, analisou-se a fluorescência da clorofila a: (fluorescência inicial, fluorescência máxima, fluorescência variável e eficiência quântica do fotossistema II) e os pigmentos fotossintéticos: clorofila a (Cl a), b (Cl b) e carotenoides (Car). Ao final do ciclo (aproximadamente 205 DAT), avaliou-se a produção, determinando-se: o número de frutos por planta, peso médio dos frutos e o peso total de frutos por planta. Também avaliou-se a caracterização física dos frutos, determinando os atributos externos (diâmetro equatorial e longitudinal e a espessura da casca e da polpa) e internos (pH da polpa, acidez titulável (AT) e vitamina C). O aumento da salinidade da água de irrigação causou redução nas trocas gasosas do maracujazeiro amarelo, aos 61 e 96 DAT, sendo afetadas a taxa de assimilação de CO2, transpiração, condutância estomática e eficiência intrínseca da carboxilação e também diminuiu o diâmetro do caule aos 35, 73 e 105 DAT e a taxa de crescimento absoluto do diâmetro do caule no período de 8 a 105 DAT. O incremento nas concentrações de peróxido de hidrogênio não exerceu influência sobre as trocas gasosas e o crescimento do maracujazeiro amarelo. Ocorreu interação significativa entre os fatores salinidade da água de irrigação e concentrações de peróxido de hidrogênio sobre o número de folhas, aos 35 DAT. A irrigação com água de CEa a partir de 1,4 dS m-1 comprometeu a eficiência fotoquímica, os pigmentos fotossintéticos e a produção de fitomassa do maracujazeiro amarelo. A aplicação de peroxido de hidrogênio na concentração de 20 μM promoveu os maiores valores para fluorescência variável e máxima e conteúdo de carotenoides constituindo-se como alternativa para aclimatação do maracujazeiro. O fornecimento de H2O2 em concentração superior a 20 μM intensificou o estresse salino sobre o maracujazeiro. O incremento nos níveis de salinidade da água de irrigação afetou negativamente produção e a qualidade física e química dos frutos de maracujazeiro amarelo, sendo o número de frutos e o peso total de frutos por planta, as variáveis mais comprometidas aos 205 DAT. Há interação significativa entre os níveis de salinidade da água de irrigação e concentrações de peróxido de hidrogênio sobre a variável diâmetro polar do fruto, aos 205 dias após o transplantio. A aplicação foliar de peróxido de hidrogênio nas concentrações de 27,5 e 41,5 μM, fornecem os maiores valores de acidez total titulável e vitamina C, respectivamente, aos 205 DAT.