A Revista A Cena Muda e as práticas educativas sobre o corpo – 1940.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: MELO, Natália Correia de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/30878
Resumo: Esta dissertação tem como principal objetivo analisar como a mídia funcionou/funciona enquanto uma ferramenta produtora de práticas educativas sobre o corpo por meio da revista A Cena Muda durante a década de 1940, sobretudo, na vida das mulheres e em seus corpos mediante abordagens em torno do cinema e da vida particular dos atores e atrizes. Também busca compreender historicamente como a mídia conseguiu desenvolver esse papel educativo na vida daqueles e daquelas que a consumiram; visa ainda abordar a influência que esse veículo de comunicação teve no Brasil, sobretudo, com aspectos da cultura estadunidense e analisar como os padrões de corpo – feminino masculino e familiar – foram determinados (e determinantes) por meio das imagens e artigos das edições da revista. A Cena Muda (1921-1955) divulgou no Brasil normas e padrões de conduta, de gestos e de corpos daquilo que é tido como beleza e moda, mediante uma temática em torno do cinema e da vida pessoal dos atores e atrizes que atuavam nos filmes americanos. Portanto, um instrumento midiático, como é o caso da revista, possui o poder de divulgar e fazer circular esses padrões na sociedade, possibilitando a criação de uma estética comportamental, ou seja, através de seus discursos exerce práticas educativas em um contexto – 1940 – em que os Estados Unidos já influenciavam a cultura brasileira desde a “política de boa vizinhança” e o “american way of life”, que ganhou espaço desde a Era Vargas (1930-1945). O modo de se vestir, de se comportar e de se relacionar faziam parte dos discursos presentes nas revistas, por isso, utilizaremos alguns autores para identificar tais aspectos disciplinares como: Michel Foucault, Guacira Lopes Louro, Boris Kossoy, Michel de Certeau e outros.