O efeito do uso de agentes rejuvenescedores encapsulados sobre a autorregeneração de misturas asfálticas.
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/12676 |
Resumo: | O fenômeno chamado self-healing, que ocorre em misturas asfálticas, consiste na capacidade destas de fechar microtrincas de forma autônoma, promovendo ganhos para funcionalidade do revestimento asfáltico. No entanto, em campo, esse processo é normalmente muito lento para compensar a deterioração natural do pavimento. Na presente pesquisa estudou-se um método desenvolvido para intensificar a autorregeneração natural de misturas asfálticas: a incorporação de agentes rejuvenescedores encapsulados. Óleo de soja e óleo de cozinha residual foram usados como agentes rejuvenescedores, encapsulados pelo procedimento de gelificação ionotrópica de alginato na presença de cálcio. Três tipos de cápsulas foram produzidas: Tipo 1, Tipo 1 residual e Tipo 2, as duas primeiras contendo o mesmo teor de óleo, porém compostas por óleo de soja e óleo residual, respectivamente, e a terceira possuindo um maior teor de óleo de soja. As cápsulas foram caracterizadas pela sua composição química, tamanho, resistência térmica e à compressão. As cápsulas foram incorporadas em uma mistura asfáltica e o efeito dessa adição sobre o volume de vazios, a resistência à tração indireta, ao dano por umidade induzida, à deformação permanente, rigidez e à vida de fadiga foi avaliado. Ademais, estudou-se a aplicabilidade do método de ensaio de tração indireta e de fadiga por flexão de três pontos sobre fundação elástica para a avaliação da capacidade de autorregeneração das misturas, usando períodos de descanso distintos. Os resultados demonstraram que as cápsulas possuem propriedades que viabilizam sua adição nas misturas asfálticas. As adições não afetaram consideravelmente o volume de vazios e a resistência à tração, mas, de forma geral, reduziram a resistência ao dano por umidade, o módulo de resiliência, a resistência a deformação permanente e vida de fadiga. O método por tração indireta apresentou dificuldades para avaliar a capacidade de autorregeneração das misturas asfálticas. O método de fadiga por flexão de três pontos sobre fundação elástica mostrou um potencial de autorregeneração elevado para as misturas com cápsulas. Níveis de autorregeneração máximos de 138%, 193% e 147% para as misturas com cápsulas Tipo 1, Tipo 1 residual e Tipo 2, respectivamente, foram alcançados, enquanto que para a mistura sem cápsulas esse valor atingiu 52%. Portanto, destaca-se o uso das cápsulas com óleo residual por promover ganhos ambientais ao fornecer um reuso para esse resíduo. Esse sistema de intensificação da autorregeneração se mostra promissor para o desenvolvimento de um modelo de manutenção autônomo da camada de revestimento asfáltico. |