Análise do efeito de agentes rejuvenescedores encapsulados na autorregeneração da mistura asfáltica.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA, Ingridy Minervina.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/27730
Resumo: A autorregeneração é uma característica dos materiais asfálticos de reverter o processo de fissuração, retomando suas características iniciais, ao ser submetido a um esforço. Apesar deste fenômeno ocorrer naturalmente, ele está associado a fatores internos (propriedades químicas, energia superficial livre e propriedades volumétricas) e externos (tempo, temperatura, nível de dano e de carregamento, envelhecimento e umidade). Com isso, para ocorrer naturalmente seriam necessários períodos de repouso e ausência de tráfego para recuperação de um dano causado. Deste modo, para acelerar a autorregeneração e demandar menores períodos de interrupção de tráfego é necessário desenvolver mecanismos. Este trabalho avaliou o uso do ácido graxo (AGS) e da borra (BS) do óleo de soja como agentes rejuvenescedores encapsulados pelo procedimento de gelificação ionotrópica de alginato na presença de cálcio. Os rejuvenescedores foram escolhidos com base em seu potencial técnico e por se tratar de um resíduo com baixo valor econômico agregado. Quatro tipos de cápsulas foram produzidos: C/BS0,1 e C/BS0,2 (compostas por borra de soja); C/AGS0,1 e C/AGS0,2 (compostas por ácido graxo). A razão de rejuvenescedor/água variou em 0,1 e 0,2. Inicialmente foram avaliadas as propriedades das cápsulas obtidas por meio de seu diâmetro equivalente, uniformidade e resistência à compressão. Estas foram adicionadas à mistura em um teor de 0,6% do peso total da mistura. Após isso, o efeito dessa adição sobre o volume de vazios, a resistência à tração indireta, ao dano por umidade induzida, rigidez, deformação permanente e vida de fadiga foi avaliado. Por fim, a autorregeneração das misturas com e sem cápsulas foi avaliada por meio do ensaio Semicircular Bending Test - SCB, utilizando carregamento dinâmico e período de descanso de 24 horas. As cápsulas apresentaram resistência e uniformidade que viabilizam sua utilização. As adições não afetaram consideravelmente o volume de vazios, apresentaram efeitos benéficos no módulo de resiliência, na vida de fadiga e no dano por umidade. Embora tenham reduzido a resistência à deformação permanente, à tração e na carga máxima obtida na aplicação do SCB estático, todas as amostras apresentaram valores superiores ao mínimo exigido nas normativas vigentes. As cápsulas elevaram o percentual de regeneração com valores de 169%, 72%, 109% e 90% para as misturas com C/BS0,1; C/BS0,2; C/AGS0,1 e C/AGS0,2, respectivamente, enquanto que para a mistura sem cápsulas esse valor atingiu 62%. Diante disso, destaca-se a aplicabilidade técnica do ácido graxo e da borra do óleo de soja para utilização como rejuvenescedor encapsulado em adição às misturas asfálticas.