Aspectos socioeconômicos da cultura do umbu (Spondias tuberosa Arruda) nos municípios paraibanos de Olivedos e São Vicente do Seridó, no semiárido brasileiro.
Ano de defesa: | 2023 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar - CCTA PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/31378 |
Resumo: | O umbuzeiro (Spondias tuberosa Arruda) é uma planta nativa e endêmica do Brasil, presente principalmente no Bioma Caatinga, onde é encontrada em populações naturais na região do Semiárido brasileiro. Pela sua grande importância econômica, social e ecológica, é uma cultura fundamental para o desenvolvimento rural sustentável de milhares de comunidades espalhadas no Semiárido brasileiro. Diante deste contexto, o objetivo desse trabalho é evidenciar os aspectos socioeconômicos da cultura do umbu (S. tuberosa Arruda), nos dois principais municípios produtores do estado da Paraíba: Olivedos e São Vicente do Seridó. Para obtenção destas informações, realizou-se visitas a campo e aplicação de entrevistas semiestruturadas com agricultores familiares extrativistas, onde todos os entrevistados assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. No município de Olivedos, foram entrevistados 52 agricultores, sendo 25 homens (48,08%) e 27 mulheres (51,92%). Predominou-se a faixa etária de 40-49 anos, com 26,92% e uma parcela representativa dos entrevistados (42,30%), possuem apenas o ensino fundamental incompleto e apenas 4 (7,69%) se declararam pertencer ao grupo étnico quilombola. A renda média da produção e comercialização de umbu, predomina na faixa abaixo de 1 salário mínimo (65,38%). O período de safra do umbu neste município, se concentra entre os meses de fevereiro, março e abril. As propriedades rurais, tiveram um tamanho médio de 15,58 hectares, com média de 16,6 plantas de umbu por propriedade. Nas propriedades rurais 34,61% dos entrevistados mencionaram ter pelo menos duas pessoas empregadas/contratadas, para auxiliar no manejo e colheita dos frutos, com uma empregabilidade aproximada de 2,28 emprego/propriedade. Nas relações comerciais com os intermediários, não existem contratos de compra e venda dos frutos. A maioria da produção é destinado para o mercado regional (76,92%). Já no município de São Vicente do Seridó, foram entrevistados 49 agricultores, sendo 26 homens (53,06%) e 23 mulheres (46,94%). Predominou-se a faixa etária de 50-59 anos, com 28,57% e uma parcela representativa dos entrevistados (63,26%), possuem o ensino fundamental incompleto e apenas 5 (10,21%) se declararam pertencer ao grupo étnico indígena. A renda média, com a produção e comercialização de umbu, predomina na faixa abaixo de 1 salário mínimo (77,55%). O período de safra do umbu neste município, se concentra entre os meses de janeiro, fevereiro e março. Na região existem áreas destinadas a assentamentos da reforma agrária e as propriedades rurais, tiveram um tamanho médio de 19,85 hectares, com média de 13,85 plantas de umbu por propriedade. Nas propriedades 28,57% dos entrevistados mencionaram ter pelo menos três pessoas empregadas/contratadas, para auxiliar no manejo e colheita dos frutos, com uma empregabilidade aproximada de 2,29 emprego/propriedade. Os intermediários determinam o ponto de colheita dos frutos, de acordo com a destinação e as exigências do mercado, sendo eles os principais compradores da produção (85,71%), também não existem contratos formais de compra e venda. A maioria da produção de umbu do município de São Vicente do Seridó é destinado para o mercado regional (81,63%). Com a finalização desse trabalho diagnosticou-se diversas demandas dos agricultores familiares extrativistas da cadeia produtiva do umbu como: linhas de crédito específica para a cultura, capacitações sobre o manejo e o processamento agroindustrial, difundir novos acessos e variedades de maior valor comercial e aproveitamento industrial, ampliar a inserção nos programas e mercados institucionais a nível municipal, estadual e federal, como também capacitar e incentivar os agricultores familiares nas atividades da apicultura e meliponicultora. |