As cidades e as águas: uma abordagem metodológica das vulnerabilidades socioambientais dos rios Araguaia e das Garças, nos municípios de Barra do Garças, Pontal do Araguaia e Aragarças.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: REZENDE, Greyce Bernardes de Mello.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/16901
Resumo: As margens dos rios urbanos são peculiares devido a sua grande importância ambiental e por suas características específicas advindas de um contexto antrópico. Nesse contexto, esta pesquisa busca propor um modelo metodológico de abordagem das vulnerabilidades socioambientais nos rios Araguaia e das Garças, através de uma perspectiva urbano-ambiental. Como recorte espacial deste estudo, desvelam-se as cidades de Barra do Garças e Pontal do Araguaia, em Mato Grosso, e Aragarças, em Goiás. Para tanto, a metodologia abarcou os diferentes recortes geográficos presentes na relação dos rios com essas cidades, a saber: a) a cidade, com o mapeamento dos níveis de vulnerabilidade socioambiental presentes, aplicando-se vinte e três indicadores socioeconômicos e dois indicadores ambientais; b) as sub-bacias, com indicadores que trabalham a influência do grau de impermeabilização e escoamento superficial; c) as margens dos rios, utilizando-se de dois indicadores na dimensão de uso e ocupação do solo, três indicadores na dimensão fluvial e dois indicadores na dimensão ambiental. Através do método dedutivo e de pesquisa quali-quantitativa, o que se verificou é que a falta de uma interface entre os aspectos urbanos e ambientais, no trato das margens dos rios urbanos bem como de suas sub-bacias, contribui para a degradação ambiental dos corpos hídricos e para o aumento de áreas de vulnerabilidade ambiental. Em relação à vulnerabilidade socioambiental, verificou-se que os indicadores ambientais, relacionados ao risco de inundação e geomorfológicos, influenciaram nos maiores níveis do índice de vulnerabilidade socioambiental. No tocante às sub-bacias, nas áreas já urbanizadas, o grau de impermeabilização e tempo de concentração das sub-bacias apresentaram níveis “médios e altos”, o que é preocupante, devido à relação desses indicadores ao crescimento das vazões e volume escoado, e, consequentemente, aumento da frequência de inundações. Quanto às margens dos rios, na área de estudo, verificaram-se os impactos da urbanização no curso fluvial, desde a supressão de mata ciliar até pontos de erosão e assoreamento dos mesmos. As mudanças econômicas, demográficas e sociais, inerentes ao processo de urbanização, foram responsáveis pela redução das coberturas vegetais, ocasionando em trechos impactados ou degradados. Esse processo ocorreu sem muitas estratégias com perspectiva integradora dos aspectos urbanos e ambientais, tanto no processo de planejamento de uso e ocupação, como nas intervenções das margens dos rios; o que corresponde à hipótese da pesquisa de que a adoção de uma perspectiva integradora dos aspectos urbanos e ambientais, no planejamento das margens dos rios urbanos e suas sub-bacias, contribui para a conservação do corpo hídrico e suas margens, bem como na redução da vulnerabilidade socioambiental das cidades. Dessa forma, acredita-se que os sistemas fluviais e os processos urbanos devem ser integrados, buscando-se pontos de convergência através da conciliação entre os inúmeros interesses privados e de proteção ambiental, sem que para tanto haja a degradação do meio ambiente mediante impactos em trechos dos corpos hídricos.