Árvores para quem? Um estudo sobre percepção ambiental e distribuição socioeconômica da floresta urbana na cidade de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Farinha, Bárbara Saeta
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-06042022-141809/
Resumo: As árvores urbanas oferecem diversos serviços ecossistêmicos às cidades. No entanto, no caso brasileiro, sua distribuição ocorre de maneira desigual, em um processo provocado pela rápida concentração populacional e pela falta de um planejamento urbano mais inclusivo e participativo, dando origem a espaços ambientalmente e economicamente desiguais. O objetivo dessa pesquisa é investigar se existe correlação entre renda e cobertura arbórea; e compreender como pessoas de diferentes estratos de renda em bairros com distintos níveis de cobertura arbórea, percebem a arborização na cidade de São Paulo. É necessário identificar quem tem acesso ou não à floresta urbana para compreender os processos que levam a essas desigualdades. As informações primárias para a pesquisa, como dados espaciais de renda e de cobertura arbórea foram gerados pelo Laboratório de Silvicultura Urbana da USP/ESALQ e correlacionados estatisticamente. Para entender a relação da população com a floresta urbana, foram extraídos dados qualitativos a partir de questionários semiestruturados e analisados por meio de estatística descritiva. Os resultados indicam que a percepção ambiental positiva está mais atrelada a pessoas que possuem alta escolaridade do que propriamente a renda ou ao local em que vivem. Além de fornecer uma visão mais assertiva e precisa da percepção da sociedade ao longo do território, busca-se discutir e ressaltar a importância da inclusão deste fator no processo de formulação de políticas públicas ambientais.