O processo de abertura comercial brasileiro e os impactos sobre a vitivinicultura gaúcha - 1980/1997.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: SANTOS, José Ricardo Libardoni dos.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA RURAL E REGIONAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/4615
Resumo: A partir do inicio dos anos 90, o governo brasileiro da inicio a um processo de abertura da economia nacional ao exterior, através de reduções expressivas nas alíquotas de importação de uma ampla gama de produtos, o que acabou alterando significativamente o funcionamento de determinados setores. Neste contexto, o presente trabalho buscou analisar as particularidades do processo de abertura da economia nacional, bem como os impactos desta iniciativa sobre a vitivinicultura do Rio Grande do Sul. Observou-se, portanto, que aquele processo foi marcado pela unilateralidade, o que implicou em uma inserção subordinada aos interesses dos países capitalistas mais avançados, reforçando os laços de dependência econômica e politica que historicamente marcaram a relação entre os países centrais e periféricos. Atualmente, se observa uma perda gradativa de autonomia na execução de politicas macroeconômicas, o que tem implicado em uma deterioração dos princípios básicos da soberania nacional. Dessa forma, as informações analisadas neste estudo, indicaram que estas mudanças no cenário internacional acabaram prejudicando a vitivinicultura gaucha. Este setor, que ate o inicio dos anos 90 era protegido contra a concorrência externa através de tarifas de importações elevadas, passa a sentir, a partir deste momento, os efeitos das politicas de abertura. Os impactos mais importantes foram observados na área plantada com videiras e na produção de uvas, que passaram de taxas anuais de crescimento positivas entre 1980 e 1989, para taxas negativas entre 1990 e 1997, ou seja, apos o inicio do processo de abertura. O total comercializado com vinhos e derivados e o total de uvas processadas também apresentou queda significativa, porem em termos relativos. Em relação a balança comercial vitivinícola, se observou um crescimento nas exportações totais e um aumento bastante significativo nas importações totais. Isto indica que a queda nas variáveis internas foi uma contrapartida do crescimento das importações, o que leva a concluir que ocorreu uma substituição da produção interna pela produção dos países vitivinícolas tradicionais, como por exemplo França, Itália, Espanha, Portugal, Alemanha e Chile.