Mecanismos físicos da influência da temperatura da superfície do mar no Pacifico e Atlântico tropicais sobre as chuvas no norte do Nordeste brasileiro.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: PONTES, Maissa Ludymilla Carvalho.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1571
Resumo: A qualidade da estação chuvosa no Nordeste pode ser relacionada com a variabilidade que surge em decorrência do fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENOS) que influencia a estação chuvosa tanto pela alteração na célula de Walker quanto, por padrões de teleconexões, sendo este último responsáveis por causar variabilidades na Temperatura da superfície do Mar (TSM) no Atlântico Norte, através de padrões de trem de onda, que pode influenciar no deslocamento e tempo da permanecia da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) nestas latitudes. O deslocamento mais para norte da ZCIT pode ocasionar a formação de uma célula termalmente direta com seu ramo de subsidência ao sul do equador. A precipitação na estação chuvosa no Nordeste ainda pode ser influenciada pela variabilidade da TSM, pressão ao nível do mar (PNM) e vento sobre a bacia do Atlântico, influenciando também o posicionamento da ZCIT, tanto por influenciar o gradiente inter-hemisférico de TSM quanto pelo posicionamento da convergência dos alísios. Neste trabalhou buscou-se melhorar a compreensão da forma como estes mecanismos se combinam, e se há predominância entre eles. Numa etapa inicial foram analisados compostos de um conjunto de variáveis para situações de El Niño, La Niña e neutralidade no Pacífico, com o intuito de investigar os principais mecanismos controlador da variabilidade do Atlântico nesses diferentes casos. Mostrando assim, que nas fases positiva e negativa do ENOS a grande variabilidade nos extratrópicos se sobressai sobre as pequenas variações na região tropical e que as anomalias de fluxo de calor são influenciadas pelo o mecanismo de retroalimentação positiva, para condições de neutralidade a variabilidade nos trópicos parece ser mais notada e a variação do fluxo de calor ocorre pela variação da temperatura na interface oceano-atmosfera. Tais resultados foram seguidos por analises de alguns estudos de casos, para isto, foram analisados anos específicos com relação às anomalias nas células de Hadley, Walker, fluxos de calor, TSM, pressão ao nível (PNM), vento e precipitação mostrando que os efeitos das teleconexões do ENOS são influenciados de maneiras diferentes dependendo da intensidade do fenômeno. Para os anos estudados um dos principais mecanismos de variabilidade para a TSM na região tropical foi o mecanismo de retroalimentação positiva. Todavia, para o ano em que o gradiente inter-hemisférico foi bem defino, a variação da temperatura na interface oceano-atmosfera foi o principal forçante para as anomalias de fluxo de calor. Mostrando que o mecanismo de variabilidade mudará de ano para ano a depender das anomalias da TSM. As bacias do Atlântico Tropical Norte e Sul tendem a responderem a variabilidade com mecanismos diferentes de um ano para outro.