Tecendo memórias e vivências: relatos sobre a cidade de Aroeiras-PB (1970-1990).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: SILVA, Aparecida Barbosa da.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1928
Resumo: A cidade de Aroeiras, na Paraíba, ao longo dos anos que vão de 1970 a 1990, passou por um significativo processo de transformações urbanas. Paulatinamente, os espaços urbanos e o cotidiano da cidade foram ganhando outras configurações. Refletindo sobre tais aspectos, nosso trabalho consiste em uma proposta de análise sobre a recepção das reformas urbanas e as mais diversas impressões provocadas em seus moradores. Nesse sentido, acreditamos que as transformações acabaram por redefinir certos aspectos do urbano, sem, necessariamente, suplantar os tantos costumes já consolidados, as práticas rurais e o ritmo habitual de uma pequena cidade. A partir da análise de algumas fontes, priorizamos refletir sobre como as memórias de diferentes moradores retratam reformas materiais, experiências vividas, nuanças de uma cidade de pequeno porte. Para compreender as dinâmicas da cidade, destacando suas modificações materiais e estruturais, assim como os impactos causados no viver urbano, a memória configura-se como um importante lócus para compreender a experiência citadina e, ao mesmo tempo, dar visibilidade a diversos olhares sobre o urbano. Atribuímos visibilidade a essas narrativas sobre Aroeiras, no sentido de compreender práticas sociais e culturais, ou seja, buscamos priorizar as formas de experimentar e vivenciar o espaço urbano, ações que demarcam as especificidades de um processo histórico inscrito nas memórias de seus habitantes. As narrativas elaboradas pelo olhar de cada observador que presenciou, experimentou e significou as reformas espaciais — considerando que o citadino, de alguma forma, tem seu cotidiano impactado quando a cidade em que vive está sendo reformada — atribuem sentido, elaboram discursos de importância para aquilo que está sendo implantado. Sendo assim, neste trabalho, utilizamos a história oral como metodologia de pesquisa, pois priorizamos como as alterações da malha urbana teriam sido vivenciadas e interpretadas por aqueles que viviam no município. Para concretizar tais pretensões, realizamos entrevistas temáticas com pessoas que moravam na zona urbana e na zona rural de Aroeiras. Esses diferentes sujeitos, ao relatarem suas experiências, fornecem os fios que compõem nossa escrita. Tais indivíduos também produzem o contexto social e cultural em que se inserem. Suas experiências narradas são valiosos relatos memorialísticos de pessoas que, através de suas práticas, também constituem a cidade onde vivem.