Resposta da vegetação herbácea em área de caatinga manipulada com controle das rebrotas da jurema preta ( Mimosa tenuiflora ( WILLD.) Poir.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SILVA, Betilde de Matos.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/16575
Resumo: O bioma Caatinga abriga uma impressionante biodiversidade florística, e representa a quarta maior área coberta por vegetação única no Brasil com potencial de produção de forragem, nos estratos arbóreo, arbustivo e herbáceo. Objetivou-se com esse trabalho avaliar o efeito do manejo silvipastoril da caatinga com o controle do número de rebrotas da jurema preta sobre a vegetação herbácea e serapilheira. O experimento foi conduzido na Fazenda Lameirão pertencente ao Centro de Saúde e Tecnologia Rural da Universidade Federal de Campina Grande, localizada no Município de Santa Terezinha-PB, Brasil. Utilizou-se uma área de quatro hectares, dividida em quatro piquetes com aproximadamente um hectare cada, e subdivididos em quatro parcelas de 45 m x 45 m, totalizando dezesseis parcelas. Após o corte de uniformização da vegetação lenhosa, foi implantado o manejo silvipastoril referente ao controle das rebrotas da jurema preta em 2015, em 4 níveis: T0 = testemunha, permitindo o crescimento de todas as rebrotas da jurema e T1, T2 e T3, permitindo o crescimento de 1, 2 e 3 rebrotas de jurema preta, respectivamente. O delineamento utilizado foi em blocos casualizados (DBC) com 4 tratamentos e 4 repetições. Para a coleta de dados de todas as variáveis, utilizou-se moldura de ferro (unidade amostral) com dimensões de 1,00 x 0,25 m. Foram realizadas quatro coletas durante o período chuvoso (março, abril, maio e junho de 2019) e duas no período seco (setembro e outubro de 2019). Nesses períodos, foram coletados dados referentes à presença das espécies herbáceas em cada parcela e à cobertura do solo pelas espécies herbáceas. Para os dados de frequência foi feita uma estatística descritiva e multivariada para análise de conglomerados, utilizando-se distância de Jaccard com ligação média, tendo finalidade de identificar grupos similares de espécies. E para cobertura do solo utilizou-se o teste de Tukey ao nível de 5%. Esses dados foram comparados com os dados das coletas dos anos anteriores (2016, 2017 e 2018). Além disso, foram coletadas amostras para determinar a disponibilidade e a composição química da matéria seca (kg de MS/ha) da fitomassa de pé da vegetação herbácea e da serapilheira. Esses dados foram comparados com os dados coletados na mesma área em 2016 (início da coleta de dados). Em todas as coletas foram retiradas amostras de gramíneas, malva, outras dicotiledôneas herbáceas e serapilheira, que foram pesadas frescas e secas em estufa no Laboratório de Nutrição Animal (LANA). Os dados de biomassa fresca e seca foram submetidos à análise de variância empregando-se o programa estatístico SAS (2007), e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Em todos os períodos avaliados as espécies que mais se destacaram foram Mesosphaerum suaveolens (L.) Kuntze), Sida cordifolia L, Axonopus purpusii (Mez) Chase, mas também com o passar dos anos houve surgimento de novas espécies na área. De um modo geral, os resultados indicam recuperação da área, com a presença de espécies indicadoras de sucessão progressiva, como Stylosanthes sp, Phaseolus lathyroides L. Centrosema sp. Axonopus purpusii. (Mez) Chase. Com isso houve aumento na cobertura de solo e disponibilidade de matéria seca de fitomassa de pé e serapilheira.