Plantas tóxicas para bovinos e equinos em Roraima.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: LIMA, Everton Ferreira.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25501
Resumo: Informações sobre intoxicações por plantas em ruminantes e equinos no Estado de Roraima são escassas. Portanto, descreve-se surtos de intoxicação por plantas em bovinos e equinos no Estado de Roraima. Este trabalho é composto por três capítulos formatados com base nas normas da revista. No primeiro capítulo, publicado na revista TOXICON (v.60, n.3, p.324-328, 2012), relata-se a intoxicação por Indigofera lespedezioides. Os sinais clínicos observados em um cavalo afetado espontaneamente e outro induzido experimentalmente, foram anorexia, sonolência, incoordenação, ataxia severa, fraqueza, tropeços e perda de peso progressiva. As lesões histológicas foram lipofuscinose neuronal no cérebro, cerebelo e medula espinhal e Degeneração Walleriana em alguns tratos do mesencéfalo. Na microscopia eletrônica, observou-se degeneração e lipofuscinose neuronal e axonal. Os compostos tóxicos encontrados foram indospicina e toxinas nitro. O segundo capítulo, publicado na revista TOXICON (v.82, p.93-96, 2014), descreve a intoxicação espontânea por Solanum subinerme Jack como causa de degeneração cerebelar cortical em bovinos no estado de Roraima. Os sinais clínicos foram crises epileptiformes periódicas com perda de equilíbrio, quedas e recuperação. As lesões histológicas foram vacuolização fina do pericário dos neurônios de Purkinje, desaparecimento dessas células e substituição por células da glia de Bergman. O terceiro capítulo, publicado na revista TOXICON (v.115, p.22-27, 2016), relata um estudo a respeito da classificação e suposta toxicidade da Fridericia japurensis (Arrabidaea japurensis) no Brasil. O objetivo desta pesquisa foi determinar se F. japurensis contém monofluoracetato (MFA) e investigar a causa de morte súbita em locais do Estado de Roraima, onde essa planta foi suspeita de causar morte súbita, avaliando os sinais clínicos e as lesões histológicas em coelhos testados. Amostras de herbário de Tanaecium bilabiatum e F. japurensis e coletas a campo das áreas onde ocorreram mortes súbitas foram avaliadas para a presença de MFA. T. bilabiatum foi positiva para MFA, como já havia sido descrita anteriormente, enquanto que F. japurensis foi negativa. Amostras a campo de T. bilabiatum, identificadas erroneamente como F. japurensis, causaram morte súbita em coelhos e foram positivas para MFA. Após revisão taxonômica de F. japurensis, descrita anteriormente como a causa de morte súbita em bovinos em Roraima, verificou-se que esta foi identificada de forma incorreta, sendo que a identificação botânica correta para esta planta é T. bilabiatum. Este trabalho corrige a literatura relatada anteriormente.