Plantas que causam morte súbita em ruminantes na Paraíba.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: VASCONCELOS, Jackson Suelio de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25380
Resumo: Mascagnia rigida é a planta tóxica mais importante para bovinos na região Nordeste, causando morte súbita associada ao exercício. O presente trabalho teve como objetivos descrever 3 surtos de intoxicação por M. rigida em ovinos e 1 em caprinos no semi-árido da Paraíba, reproduzir experimentalmente a intoxicação em ovinos e caprinos, e comprovar a passagem do princípio ativo de M. rigida pelo colostro de cabras e ovelhas. Os surtos ocorreram no início do período chuvoso, quando a planta brota antes do que outras forrageiras ou após o final desse período, quando após secarem algumas forrageiras, M. rigida permanece verde. Na reprodução experimental da doença, doses de 10 e 20 g de M. rigida por kg de peso vivo (g/kg pv) proveniente de duas regiões diferentes foram letais para 3 caprinos e 3 ovinos. Um caprino que ingeriu 20g/kg pv e um ovino que ingeriu 10g/kg pv se recuperaram. Quatro animais que ingeriram 5 g/kg pv tiveram sinais discretos e se recuperaram. Tanto os casos experimentais quanto os espontâneos apresentaram ingurgitamento das veias jugulares, relutância em caminhar, decúbito externo abdominal, incoordenação, respiração ofegante, depressão, instabilidade e tremores musculares. A morte ocorreu após um curso clínico de alguns minutos a 27 horas e 40 minutos. As principais lesões foram edema pulmonar e vacuolização e necrose de células epiteliais dos túbulos renais. Para testar se o princípio ativo de M. rígida é eliminado pelo leite causando morte súbita nas crias foi realizado um experimento com 2 cabras e 5 ovelhas que ingeriram, diariamente, 2g/kg pv de M. rigida, nos 15 dias anteriores ao parto. Uma ovelha que tinha gestação gemelar abortou depois de ter ingerido a planta por 10 dias. Os cordeiros das demais ovelhas mamaram normalmente o colostro sem aprestarem sinais clínicos. O cabrito de uma cabra mamou o colostro e 5 minutos após morreu subitamente. A outra cabra pariu um cabrito que morreu imediatamente após o parto, sem ter ingerido colostro. Estes resultados sugerem que em caprinos o princípio ativo da planta é eliminado pelo leite em doses tóxicas. Recomendam-se medidas de controle da intoxicação.