Detecção molecular de Leishmania infantum e Trypanosoma cruzi em equídeos em condições semiáridas.
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25669 |
Resumo: | A leishmaniose e a doença de Chagas são infecções causadas por protozoários pertencentes aos gêneros Leishmania e Trypanosoma, respectivamente, considerados os mais importantes dentro da família Trypanosomatidae, devido seu caráter zoonótico. Classificadas como doenças tropicais negligenciadas, ocorrem com maior prevalência em países pobres, causando problemas de ordem econômicos, social e político. A presente tese foi dividida em três capítulos, que objetivaram descrever aspectos epidemiológicos e do diagnóstico da infecção por Leishmania infantum e Trypanosoma cruzi em equídeos. No capítulo I, foi desenvolvida uma revisão sistemática com metanálise sobre as características clínicas e a prevalência da leishmaniose em equídeos. Os principais sintomas da leishmaniose em equídeos são cutâneos (pápulas, nódulos, úlceras, crostas), autolimitantes e localizadas principalmente na cabeça e membros. A metanálise evidenciou uma prevalência combinada de 25%. Como conclusão, evidenciou-se que a leishmaniose em equídeos é uma doença benigna, e deve ser incluída como diagnóstico diferencial para doenças cutâneas nessas espécies. No capítulo II realizou-se um levantamento da infecção por Leishmania infantum em asininos e muares em condições semiáridas do Brasil. Sangue total de 72 equídeos (65 asininos e 7 muares) foi usado para realização de diagnóstico molecular por meio da técnica de Reação em Cadeia de Polimerase em Tempo Real (qPCR). Um total de 25% das amostras (18/72) resultaram positivas na qPCR, não havendo diferença significativa entre as espécies, sexo e situação de abandono dos animais (sim ou não). Asininos e muares vivendo em área rural do semiárido do Brasil apresentam alta frequência de infecção por L. infantum, sendo válido atribuir importância a essas espécies no ciclo epidemiológico da leishmaniose. No capítulo III objetivou-se detectar a infecção por Trypanosoma cruzi em asininos e muares de áreas rurais do semiárido brasileiro. Sangue total de 72 equídeos (65 asininos e 7 muares) foram analisadas por Nested Polymerase Chain Reaction (nested-PCR). Um total de 51,39% das amostras (37/72) resultaram positivas. A análise filogenética identificou os tipos TcI e TcII de T. cruzi. Esse é o primeiro relato de infecção por T. cruzi em asininos e muares no Brasil, e o modo de vida deles, a adaptabilidade dos vetores na Caatinga e as características socioeconômicas da população do semiárido criam interações que podem favorecer a transmissão e a sobreposição dos ciclos silvestre, peridoméstico e doméstico de infecção de T. cruzi. |