Cólica gastrointestinal em equídeos no Semiárido Nordestino.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: PESSOA, André Flávio Almeida.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25412
Resumo: Foram revisados os casos de cólica gastrointestinal em equídeos atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Campina Grande, em Patos-PB. No período de janeiro de 2001 a dezembro de 2010. Setenta (4,5%) do total de 1542 equídeos atendidos no período apresentaram quadro clínico de cólica, sendo 60 equinos, cinco muares e cinco asininos. A compactação de cólon maior foi a causa mais frequente de cólica, diagnosticada em 37,14% dos casos, seguida por compactação de cólon menor (10%) e corpo estranho de cólon menor (7,14%). O principal fator de risco para o desenvolvimento das cólicas por compactação foi o consumo de Pennisetum purpureum, Brachiaria decumbens, Sorghum spp ou Echinochloa polystachya picados manualmente ou em picotadeira ou triturados em forrageira (OR = 4,03; P = 0,007). Em quatro casos as cólicas foram causados pela presença de fitobenzoários no intestino grosso, sendo dois deles associados ao consumo de vagens de Prosopis juliflora. Seis casos ocorreram pela presença de corpos estranhos, principalmente sacos plásticos, cinco localizados no cólon menor e um no cólon maior. Lesões estrangulantes do intestino delgado foram observadas em quatro casos. Outras causas foram cólica espasmódica (2 casos por parasitose e 2 por ingestão de resíduos domiciliares) e sobrecarga gástrica (3 casos). Deslocamento de cólon maior foi diagnosticado em dois animais. Laceração de cólon menor, torção de ceco, compactação de ceco e timpanismo por consumo de Manihot esculenta foram diagnosticados em uma única oportunidade. Como resultado da baixa qualidade dos alimentos ingeridos a frequência dos atendimentos de equídeos portadores de cólica foi significativamente maior durante a estação seca do ano (segundo semestre) (OR = 2,61; P < 0,01). Concluiu-se que a mudança do manejo alimentar, principalmente durante a estação da seca, contemplando a oferta de forragens de qualidade melhor resultará em redução da frequência de cólicas em equídeos no semiárido nordestino.