Análise das possíveis relações entre os ciclos solares e as anomalias de TSM dos oceanos Pacífico e Atlântico tropicais.
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM METEOROLOGIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1442 |
Resumo: | Estudos recentes mostram que o ciclo solar influencia os sistemas meteorológicos estratosféricos e troposféricos, proporcionando assim um novo quadro conceitual que reconsidera a evidência da influência solar no clima. Portanto, a principal proposta desse trabalho é investigar os possíveis efeitos dos ciclos solares nas anomalias da Temperatura da Superfície do Mar (ATSM). Para tanto, utilizou-se dados do número de manchas solares (NMS), proveniente do Royal Observatory of Belgium, de ATSM das áreas dos Niños 1+2, 3, 3.4 e 4, no Pacífico, e das áreas do Atlântico Tropical Norte e Sul, obtidos nos sites do CPC/NCEP/NOAA e do ESRL/NOAA, respectivamente, e de Oscilação Decenal do Pacífico (ODP), do ESRL/NOAA, todos dados mensais no período de dezembro/1949 a janeiro/2017. Objetivando filtrar as oscilações de escala intrasazonal, foi realizada a média móvel de três meses, com valor centrado no mês intermediário para todas as séries. Empregou-se o método dos quantis para classificar os períodos frios, neutros e quentes de cada área, considerando os 25% menores valores como períodos frios, os 25% intermediários como neutros e os 25% superiores como quente. Foram calculadas as médias e os desvios padrões do NMS para cada período e realizado o teste t de Student para comparar estas médias. Dessa forma verificou-se que, nos períodos de máximos do NMS, as ATSM no Pacífico e Atlântico Norte tendem para as condições neutras e as do Atlântico Sul para as frias. Para se verificar detalhes da relação entre as séries de ATSM e NMS, aplicou-se a análise espectral de transformadas Ondaletas Contínuas, Cruzadas e de Coerências, tendo como base a Ondaleta de Morlet. Os resultados demostraram haver influências dos ciclos solares de Hale (256 meses), de Schwabe (128 meses) e do seu segundo harmônico (64 meses) no comportamento das ATSM. Também foi observado que as ATSM nos oceanos Pacífico e Atlântico respondem de forma diferente ao forçante solar. Concluiu-se que os efeitos dos ciclos solares sobre as ATSM se dá de forma não linear, pois ocorreram mudanças de fases entre as séries ao longo do tempo. Quanto à diferença de resposta das ATSM do Pacífico e do Atlântico, ao forçante solar, acredita-se que seja devido à Anomalia Geomagnética do Hemisfério Sul e a fenômenos atmosféricos associados, mas não houve estudos contundentes a esse respeito, tanto que se sugerem pesquisas sobre a influência dos ciclos solares na circulação atmosférica, principalmente, para a região do Atlântico Sul. |