Existe segurança microbiológica na portaria de potabilidade GM/MS 888/2021 nas condições da região semiárida do Brasil?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: TORQUATO, Amanda Laurentino.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/32248
Resumo: O estudo baseou-se no monitoramento de duas estações de tratamento de água, de portes distintos e abastecidas pelo reservatório Epitácio Pessoa – PB, a fim de avaliar se há segurança microbiológica no que preconiza os padrões de potabilidade da Portaria de GM/MS nº 888/21 em tratamentos de águas superficiais do Semiárido Brasileiro. As coletas de água para análises tiveram frequência semanal, durante o período amostral entre junho de 2022 e novembro de 2022 compreendendo 22 (vinte e duas) amostras para cada uma das ETAs. Foi analisado os parâmetros de turbidez, cor aparente, pH, temperatura, cloro residual, esporos de bactérias aeróbias, coliformes totais, E. coli e a estimativa de inativação de Giardia a partir do modelo da USEPA ao longo das etapas de tratamento de água. A água bruta apresentou baixos valores de turbidez, altas concentrações de EBA e ausência de E. coli em todas as amostras analisadas. A etapa de clarificação da água em ambas as ETAs foram ineficazes, apresentando um aumento na concentração dos esporos e discreta remoção de turbidez. A etapa de filtração foi a responsável pela maior eficiência de tratamento de EBA, tanto na ETA Gravatá como na ETA Cariri, alcançando valores médios de remoção em torno de 1 log. Quando comparado a eficiência de remoção de turbidez e EBA nas etapas de clarificação + filtração, observa-se que as eficiências ao invés de aumentarem, se anulam devido a ineficiência na etapa de clarificação, sobrecarregando a remoção somente na etapa de filtração. Os resultados de inativação de Giardia também não foram satisfatórios, com médias de remoção abaixo de 0,5 log, este fato pode estar associado ao Ct (residual desinfetante x tempo de contato) que foram abaixo do recomendado pela portaria, inviabilizando o processo de inativação dos microrganismos. Devido aos problemas operacionais e estruturais das ETAs, não foi possível atender aos padrões de potabilidade preconizados pela legislação vigente, em relação a maioria dos parâmetros avaliados.