Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Magalhães, Ana Dávila de
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Orientador(a): |
Dias, Edgard Henrique Oliveira
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Banca de defesa: |
Maria, Marina Andrada
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Andrade, Rosane Cristina de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil (PEC)
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Departamento: |
Faculdade de Engenharia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16690
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Resumo: |
A produção de estruvita a partir dos mais diferentes tipos de efluentes tem se mostrado uma boa prática ambiental, pelo potencial de diminuir a exploração de reservas naturais de fósforo, economizar energia na produção de fertilizantes a base de nitrogênio e ainda evitar o descarte desses nutrientes em corpos d’agua causando sua degradação. A seguridade da aplicação deste mineral em relação a presença de microrganismos, provenientes dos efluentes altamente contaminados utilizados em sua produção, ainda é uma questão pouco explorada. Nesse contexto, esse trabalho objetivou realizar uma revisão de literatura sobre o assunto, bem como verificar a contaminação de estruvita precipitada a partir da mistura esgotos sanitários + lixiviados de aterro sanitário. A revisão realizada demonstrou a possibilidade de adsorção de diferentes grupos de microrganismos juntamente com a estruvita. São relatadas concentrações na estruvita de 1,6 – 3,7 log10 ufc/g para bactérias e <0,8 log10 ufp/g para bacteriófagos. Entretanto, ainda existem questões a serem exploradas, como mecanismos de precipitação responsáveis pela presença de microrganismos junto aos cristais e alternativas para o tratamento da estruvita antes de seu uso benéfico. Na parte experimental deste trabalho, foi avaliada a presença de microrganismos no precipitado de a partir da mistura de lixiviado de aterro sanitário a esgotos sanitários em diferentes proporções (1%, 5% e 10%). As maiores concentrações de microrganismos foram encontradas para o precipitado obtido com a proporção de 5% de lixiviado: 3,5 log10 ufp/g peso úmido para colifagos somáticos; 3,7 log10 ufp/g peso úmido para colifagos F-específicos; 5,8 log10 ufc/g peso úmido para E. coli; 4,1 log10 ufc/g peso úmido para Esporos de Bactérias Aeróbias (EBA). A caracterização de estruvita obtida a partir de efluentes sanitários e lixiviados de aterro sanitário quanto a concentrações de colifagos e EBA é inédita na literatura. A secagem da estruvita a 40ºC até remoção de toda umidade demonstrou significativa redução nos microrganismos (até 3,9 log10 para E. coli). Quanto a matriz líquida, observou-se redução significativa dos microrganismos avaliados em algumas das condições de precipitação de estruvita. Adicionalmente, a concentração remanescente de nutrientes, especialmente nitrogênio, seria o suficiente para submeter o efluente misto a tratamento biológico convencional. Dadas as concentrações elevadas de indicadores bacterianos e virais no precipitado, a aplicação da estruvita como fertilizante pode apresentar riscos à saúde pública. Dessa forma, recomenda-se a caracterização da estruvita precipitada a partir da mistura esgoto + lixiviado quanto a organismos patogênicos (além de indicadores), assim como a aplicação de ferramentas de estimativa de risco, como a avaliação quantitativa de risco microbiológico (AQRM). |