Otimização do uso de água e nitrogênio no cultivo do algodoeiro herbáceo na região oeste da Bahia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: VIANA, Sergio Batista Assis.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS EM REDE PROFLETRAS (UFRN)
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/17030
Resumo: A cotonicultura vem se expandindo no Oeste da Bahia, carecendo de base técnico-científica a partir de trabalhos de pesquisa para melhorar a orientação aos produtores. Visando contribuir com o desenvolvimento da região, este trabalho foi realizado na Fazenda Santa Cruz, localizada em Barreiras, BA, de coordenadas 12º 03’ 09” de latitude Sul, 44º 57’ 46,6” de longitude Oeste do meridiano de Greenwich, altitude de 660 m, durante os meses de março a setembro de 2004. A pesquisa constou de dois experimentos em que avaliaram-se o crescimento, o rendimento e características tecnológicas de fibra do algodão herbáceo (Gossypium hirsutum L. r. latifolium Hutch.), cultivar Deltapine Acala 90, em função de lâminas de água (Experimento I) e da interação entre lâmina e doses de nitrogênio (Experimento II), sob pivô central, num Latossolo Amarelo, classe areia franca. Os tratamentos de lâminas estudados foram 0,75, 0,90, 1,05 e 1,2 da evapotranspiração da cultura (ETc) (L1 a L4) e os níveis de N variaram de 108, 168, 238 e 308 kg.ha-1 (N1 a N4). As variáveis de crescimento constaram de: fitomassa reprodutiva (FR), fitomassa vegetativa da parte aérea (FVPA) e suas partições, fitomassa de caule (FC) e folhas (FF) e, número de folhas (NF), área foliar (AF), comprimento médio de folhas (CMF) e razão de AF/FF (RAFF) aos 120 dias da emergência (DAE), além de altura (AL), número de entrenós (NE) e diâmetro de caule (DC) aos 160 DAE. Avaliaram-se, ainda, os efeitos dos tratamentos sobre as características tecnológicas de fibra do algodão e sobre o rendimento físico e econômico da produção, considerando-se: custo do N de R$ 2,3.kg-1 (CN), da água de R$ 0,36.mm-1.ha-1 (CL) e preço de venda de algodão (caroço) de R$ 1,2.kg-1 (Pz). Concluiu-se que o crescimento, aos 120 DAE, é otimizado na faixa de lâmina de água (até 120 DAE) entre 441 e 477 mm, e com níveis de N superiores a 270 kg.ha-1; o crescimento em altura, aos 160 dias, tem faixa ótima entre 622 e 655 mm de água e 298 kg.ha-1 de N; o efeito dos fatores sobre o DC é interativo; a função de produção obtida para o algodoeiro, sob o manejo de adubação da fazenda (212, 117 e 236 kg.ha-1 de N, P2O5 e K2O, respectivamente), tem ponto de máxima em 671 mm, com rendimento de algodão em caroço (Z) de 5.522,8 kg.ha-1, mas a lâmina econômica (L*) é de 656,5 mm para a relação ‘CL/Pz=0,3’; o Z obtido com L* é 352,34 kg.ha-1, superior ao obtido sob o manejo de água da fazenda, resultando em adicional de receita líquida de 25,82%; a combinação ótima econômica de água e N para as relações ‘CL/Pz = 0,3’ e ‘CN/Pz = 1,92’ e níveis de adubação P e K utilizados no Experimento II (177 e 209 kg.ha-1 de P2O5 e K2O) é de 631 mm de água e 287 kg.ha-1 de N, com Z de 5.581,82 kg.ha-1. As características tecnológicas de fibra variaram pouco com os tratamentos e, independente da lâmina ou dose de N estudadas, atendem às exigências da indústria têxtil nacional.