Caracterização epidemiológica da leptospirose em caprinos no Nordeste do Brasil.
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25942 |
Resumo: | Essa tese é composta por três artigos, divididos em capítulos. No Capítulo I foi determinada soroprevalência, sorogrupos mais frequentes e os fatores associados à ocorrência da leptospirose e realizada a geoespacialização da doença em caprinos de estados de diferentes biomas, Alagoas e Maranhão. Foram coletadas amostras de 597 caprinos, que foram submetidas ao teste de Soroaglutinação Microscópica (SAM), com ponto de corte 1:50, e a frequência de soropositivos foi de 19,93%, sendo 18,92% (35/185) no estado de Alagoas e 20,38% (84/412) no Maranhão. Os sorogrupos mais frequentas foram Autumnalis (31,09%) e Icterohaemorrhagiae (25,21%). Foi possível observar a maior frequência do sorogrupo Autumnalis (42,86%) e Icterohaemorrhagiae (28,57%) no estado de Alagoas, bioma Caatinga, e Autumnalis (26,19%) e Icterohaemorrhagiae (23,81%) no estado do Maranhão, bioma do Cerrado. Constatouse que a Leptospira sp. está presente nos biomas estudados, estando presente em áreas de características diversificadas quanto a vegetação e clima, o que gera alerta para os cuidados preventivos em relação a doença. No Capítulo II, objetivou-se determinar a soroprevalência, sorogrupos mais frequentes e os fatores associados à ocorrência da leptospirose em caprinos de cinco estados do Nordeste brasileiro. Foram coletadas 4121 amostras de caprinos nos estados do Ceará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. A frequência de soropositivos foi de 18,73% (772/4121), avaliando as propriedades, 82,9% (184/222) obtiveram pelo menos um animal sororreativo. Os sorogrupos mais frequentes foram Autumnalis (23,06%) e Australis (20,98%), com títulos variando de 1:100 a 1:800. Os fatores associados à soropositividade por Leptospira spp. foram sexo do animal (P=0,040), escolaridade do produtor (P<0,001), produtor procurar instituição para apoio e solução de problemas (P=0,040), produtor não participar de associações/cooperativas (P=0,055) e a propriedade apresentar área de irrigação (P=0,002). Constatouse que a Leptospira sp. está presente nos estados da região Nordeste do Brasil com uma tendência ao aparecimento de alguns sorogrupos específicos, como Autumnalis e Australis. No Capítulo III foi determinada a soroprevalência de anticorpos antiLeptospira, sorogrupos mais frequentes e realizada a geoespacialização da ocorrência da leptospirose em caprinos de sete estados do Nordeste brasileiro por meio de sorologia e avaliação de dados geográficos. Foram coletadas 4718 amostras de caprinos dos estados de Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, sendo estas submetidas a sorologia com ponto de corte 1:100. A partir disso foram obtidos os dados de frequência e a caracterização geográfica da leptospirose nos municípios avaliados e foi possível fortalecer a informação acerca da presença leptospirose na região, em especial em áreas de ambiente hostil, mostrando uma possível adaptação do agente em áreas de climas adversos e uma forte relação com a transmissão intra e interespécie, pelo aparecimento de sorogrupos específicos. Além disso, há uma possível caracterização de sorogrupos, como o Autumnalis, de aparecimento recorrente ao longo das pesquisas, e ambientes favoráveis para o desenvolvimento do agente, como o semiárido nordestino. |