Membranas de quitosana e quercetina para aplicação em ulcerações epiteliais: desenvolvimento e caracterização.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: EULÁLIO, Eliza Juliana da Costa.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia - CCT
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PROCESSOS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/948
Resumo: INTRODUÇÃO A Diabetes Mellitus consiste em uma doença crônica que aumenta entre brasileiros, tendo direta relação com os fatores de risco do mundo moderno. A principal complicação desta patologia são as úlceras, de difícil tratamento, pela cicatrização lentificada e pela ineficácia de alguns curativos. O avanço na área dos Biomateriais tem favorecido o desenvolvimento de produtos com tal finalidade, sendo a quitosana um polímero promissor e de extrema relevância, que pode ter sua ação terapêutica potencializada com a incorporação de fármacos, a exemplo da quercetina, um flavonóide com função anti-inflamatória comprovada. OBJETIVO Desenvolver membranas de quitosana incorporadas com quercetina, para uso em pacientes com ulcerações epiteliais, em especial, para aplicação em feridas diabéticas. METODOLOGIA Esta pesquisa foi desenvolvida no Certbio (UFCG), classificada como experimental, foram produzidas 500 membranas, obtidas nas duas fases do trabalho: Fase Exploratória e Fase Experimental. Os dados foram analisados através da estatística descritiva, após os ensaios de caracterização: MEV, EDS, FTIR, DRX, Termogravimetria (Tg), Análise de Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC) e Ensaio de Citotoxicidade. RESULTADOS Os resultados da Fase Exploratória evidenciaram que, embora houvesse a incorporação da quercetina na matriz polimérica da quitosana, o contato desta com a solução básica (Hidróxido de Sódio e Hidróxido de Amônio) resultou na formação de um sal, confirmado após observação dos outros ensaios, houve também a formação de aglomerados devido a concentração elevada de fármaco, concluindo-se que não apresentaram características potenciais para aplicabilidade do produto em feridas diabéticas Os resultados da Fase Experimental evidenciaram incorporação de quercetina na matriz da quitosana, em ambas as metolodogias (X e Y), contudo na que houve reticulação em TPP (X), o fármaco ficou disperso homogeneamente, os difratogramas revelaram alteração da cristalinidade da membrana com a presença da quercetina, reforçando a interação entre ambos. As análises de TG e de DSC evidenciaram que a reticulação em TPP alterou O comportamento térmico da membrana de quitosana/ quercetina, aumentando a estabilidade do compósito e a quercetina contribuiu, de forma discreta, para as alterações das curvas de calor. O ensaio de citotoxicidade apontou que as membranas com TPP têm viabilidade para serem utilizadas como biomaterial. CONCLUSÕES Concluiu-se, que a metodologia considerada válida e eficaz para a obtenção de membranas de quitosana/ quercetina, foi a X, onde houve a reticulação em TPP, com potencial para ser testada in vivo e contribuir para regeneração tecidual e o combate ao processo inflamatório presente nas feridas diabéticas. Sugere-se que, novos ensaios sejam realizados, a fim de aprimorar algumas das características finais do produto, contudo parâmetros fundamentais das variáveis já foram estabelecidos nesse estudo.