“Em benefício da formação da juventude feminina”- a Escola Normal Estadual de Campina Grande (1955-1960).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SOUSA, Pâmella Tamires Avelino de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1579
Resumo: A dissertação “Em Benefício da Formação da Juventude Feminina”: A Escola Normal Estadual de Campina Grande (1955-1960) trata da criação de uma instituição escolar para formação de professores na década de 1960, localizada no interior da Paraíba. A pesquisa se insere no campo dos estudos relacionados às instituições escolares, considerando a importância atribuída a esse tipo de instituição cuja característica específica é formação de professores, dois eixos que consideramos importantes no nosso estudo. Tivemos como objetivo investigar os determinantes sociopolíticos e educacionais que compuseram a criação da Escola Normal Estadual para Campina Grande (1955-1960). O recorte temporal definido, entre 1955 e 1960, diz respeito ao período compreendido entre um momento político nacional e local fontes de grandes mudanças sócio educacionais e o ano de criação da escola. Para nortear a construção do objeto de estudo, elegemos as categorias temáticas criação da instituição, feminização e formação de professores, e nos fundamentamos nos referenciais teóricos de Saviani (2007); Tanuri (2000); Nosella e Buffa (2013); Vicentini e Lugli (2009); Almeida (1998/2004); Chamon (2005) entre outros. A pesquisa de cunho documental utilizou fontes históricas como: jornais, mensagens do governador Pedro Gondim, fichas de matrícula das alunas pioneiras, fotos, regimento interno do colégio, dentre outros documentos. Enfatizamos o descompasso de criação da escola em comparação com a instituição de formação docente pessoense e outras escolas formativas pertencentes ao domínio particular, de modo que a ENECG é a primeira instituição pública para formação de professoras na cidade de Campina Grande e defendemos o argumento que a instituição foi formada, essencialmente, para as moças da sociedade campinense, a chamada “juventude feminina”. Na consulta e análise empreendida nos periódicos locais e estaduais, com destaque para o jornal diário da Borborema, percebemos que a criação da escola foi uma necessidade de aperfeiçoar as professoras que atuariam no ensino primário, considerado na cidade enquanto insuficiente e precário. A partir das reflexões desenvolvidas ao longo do trabalho, concluímos que a criação da Escola Normal Estadual de Campina Grande constituiu-se enquanto manobra política, uma vez que a promessa e cumprimento da criação da escola corroboraram a necessidade de ampliação educacional nacional e local, junta-se a esse movimento, a elite letrada campinense. Por meio do recurso da imprensa, foram noticiadas as debilidades do ensino primário, com ênfase na má formação das professoras campinenses compondo, assim, o cenário de promessa anunciada em 1958 e com a criação da instituição em 1960. No que diz respeito ao seu funcionamento em prédio próprio, só ocorreu dez anos mais tarde, em 1970.