Palma forrageira adubada e irrigada no Sertão Paraibano.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: SOUSA, Ana Paula Figuêiredo de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/9125
Resumo: A palma-forrageira (Opuntia fícus indica Mill) conhecida popularmente por Palma-Gigante, Orelha de Elefante Mexicana vem sendo cultivada na região Nordeste do Brasil por serem as cactáceas que melhor se adaptam as condições climáticas da região, apresentar facilidade de absorção de água, evaporação bastante lenta, o que aumenta a resistência ao estresse hídrico, e características morfofisiológicas distintas como metabolismo fotossintético MAC, estômatos distribuídos uniformemente. Sendo, portanto, amplamente utilizada como fonte de alimentação animal em períodos de estiagem. Teve como objetivo avaliar as características morfológicas, a produção e a qualidade da palma forrageira Orelha de Elefante Mexicana (Opuntia fícus indica) adubada e irrigada no Sertão Paraibano. O experimento foi realizado no Sítio São Gonçalo município de Santa Teresinha-PB, durante o período de maio de 2013 a agosto de 2014 em um delineamento em blocos casualizados, num fatorial 4 x 2, sendo quatro lâminas de irrigação (0; 5; 10 e 15 mm) e duas fontes de adubação orgânica, esterco ovino (EO) e cama de frango (CF) com quatro repetições. As características avaliadas foram: número, comprimento, largura, espessura, área dos cladódios e índice de área dos cladódios primários, secundários e terciários, área fotossintética total e altura da planta. A produtividade foi determinada aos 480 dias após o plantio (DAPs), sendo dado corte nas três plantas da fileira central, deixando um cladódio primário por planta. Do material amostrado foi retiradas amostras para determinação de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra detergente neutro (FDN), FDN corrigida para proteína (FDNP), fibra detergente acida (FDA), matéria mineral (MM), Hemicelulose (HEM), celulose (CEL), Lignina, digestibilidade “in vitro” da matéria seca (DIVMS), carboidratos totais (CHOT) e carboidratos não fibrosos (CNF). A adubação da palma forrageira com CF e EO não influenciou as variáveis número, comprimento, largura e espessura dos cladódios de primeira e terceira ordem. Houve efeito significativo (p < 0,05) nos cladódios secundários para as variáveis comprimentos, largura e espessura e para o índice de área dos cladódios, área fotossintética e altura da palma forrageira quando adubada com EO. A área fotossintética total dos cladódios primários, secundários e terciários não diferiu estatisticamente entre os tratamentos CF e EO. Verificou-se efeito significativo para as variáveis alturas da planta, número e espessura dos cladódios primários, espessura dos cladódios secundários e largura dos terciários quando irrigado. Para áreas dos cladódios, área fotossintética total e índice de área dos cladódios primários, secundários e terciários não houve efeito significativo (p > 0,05) da irrigação. Não houve diferença (p>0,05) para interação irrigação versus adubação. A irrigação influenciou os teores de MS e lignina. A adubação com cama de frango influenciou os teores de PB e HEM. Não houve efeito (p>0,05) da adubação e da irrigação sobre os teores de MM, EE, FDN, FDNp, FDA, CEL, CHOT e CNF da palma forrageira orelha de elefante Mexicana. Houve efeito (p < 0,05) para DIVMS quando adubada com esterco ovino e sem irrigação. O peso dos cladódios primários, secundários e terciários não foi afetado pelas fontes de adubos (EO e CF). A adubação com esterco ovino e irrigação com 15 mm melhora as características morfometricas da palma forrageira Orelha de Elefante Mexicana. A irrigação da palma forrageira com 15 mm a cada quinze dias reduz a porcentagem de matéria seca e não afeta a produtividade de massa seca. A adubação com cama de frango e esterco ovino melhora a composição química e a digestibilidade in vitro da matéria seca da palma forrageira Orelha de Elefante Mexicana.