Crescimento e fenologia reprodutiva de Moringa oleifera Lam. submetida a diferentes doses de esterco bovino.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SILVA, Guilherme Veloso da.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/22030
Resumo: A Moringa oleifera Lam. é uma espécie arbórea oriunda do Nordeste indiano, amplamente cultivada em países tropicais como Índia, Egito, Filipinas, Ceilão e Tailândia. No Brasil, seu cultivo vem se intensificando nos últimos anos em função da sua versatilidade de uso, bem como de suas propriedades nutricionais. Trata-se de uma espécie rústica de rápido crescimento que necessita de pouca tecnologia para o cultivo, tornando-se uma excelente alternativa para o pequeno e médio produtor, uma vez que possui alto valor agregado e capacidade de adaptação em diversas regiões do país, em especial na região Nordeste. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar diferentes doses de esterco bovino e sua respectiva influência no crescimento e na fenologia reprodutiva da cultura da moringa. O experimento foi instalado no Assentamento Tubarão, localizado na zona rural do município de São José do Bonfim-PB. As sementes utilizadas na semeadura foram coletadas de árvores matrizes no município de Patos- PB. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com cinco repetições. Os tratamentos corresponderam a cinco doses de esterco bovino (0, 3, 4, 5 e 6%), quantificados em litros por cova, da seguinte forma: 0,0; 0,9; 1,8; 2,7 e 3,6 L/cova. As covas foram abertas nas dimensões de 0,40m x 0,40m x 0,30 m largura, comprimento e profundidade, respectivamente. Em cada cova, foram semeadas cinco sementes. Cada unidade experimental foi composta por 10 plantas por parcela. Para a caracterização morfológica dos estágios vegetativos, foram realizadas observações diárias a partir do quinto dia após a semeadura. As variáveis analisadas foram: índice de velocidade de emergência, porcentagem de emergência, altura de plantas, diâmetro de caule, número de folhas, altura de ramos laterais e número de ramos laterais. As fases do desenvolvimento foram ilustradas à medida que ocorreram mudanças significativas em sua estrutura, marcadas nos períodos de 8,10, 12, 15, 30, 60 e 90 dias após a semeadura. Para o estudo fenológico, marcaram-se 10 indivíduos dentro da parcela, os quais foram observados semanalmente de acordo com as fenofases reprodutivas (botões florais, árvores floridas, fim de floração, frutos novos presentes, frutos maduros). Foram utilizados dois métodos de observação: o índice de atividade fenológica e o Índice de Fournier. Os valores desses índices foram associados à precipitação e à temperatura. A dose de 4% de matéria orgânica foi a que proporcionou melhor desempenho nas variáveis de crescimento. A construção da escala fenológica dos estágios vegetativos de moringa servirá como subsídio para a compreensão das fases de desenvolvimento. As fontes de adubação 3% e 4% apresentaram melhores resultados para os aspectos fenológicos. A floração da moringa deve ser considerada anual, pelo fato de a planta apresentar período de floração em determinados meses do ano. Independentemente das fontes de adubação, a fenologia reprodutiva apresentou forte relação com a precipitação. O período de floração foi de 60 dias, a maturação fisiológica teve duração de 100 dias, o tempo entre a emergência e produção foi de 8 meses.