AVALIAÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DA Moringa oleifera LAM.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: OLIVEIRA, SÔNIA MARIZA LUIZ DE
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/32068
Resumo: A árvore Moringa oleifera lam, é uma planta utilizada na medicina tradicional com uso popular para o tratamento de várias enfermidades, tais como: doenças da pele, do sistema digestivo, doenças nas articulações, tratamento da malária e icterícia, entre outras. Em alguns países da África, quase todas as partes da planta (folhas, frutos e raízes) são usadas na alimentação humana pois possui alto valor nutritivo, contendo cálcio, ferro e vitamina C. Esta planta é utilizada no nordeste do Brasil para purificação de águas salobras. Mundialmente é conhecida como a “árvore da vida” devido a sua rica composição química. Tendo em vista este conhecimento popular, e sendo evidenciadas poucas pesquisas sobre a espécie moringa no Brasil, pretendeu-se neste trabalho realizar um controle de qualidade, além do estudo fitoquímico de duas partes da árvore, a saber, das folhas e do caule, a fim de verificar quais são os metabólitos secundários presentes nesta planta qualitativa e quantitativamente de acordo com o preconizado na Farmacopéia Brasileira, 5ª. edição. Foram preparados extratos aquosos, hidroetanólicos e etanólicos de diferentes partes da planta, a saber: folhas, pó de folha seca e caule da moringa Mais Vida e de Minas Gerais. Os parâmetros de atividade antioxidante (DPPH), sólidos solúveis, fenóis totais e flavonoides totais encontrados estão de acordo com a literatura. A haste da folha da Moringa Mais Vida foi a que apresentou o maior teor de umidade (12,25 ± 0,15%). O valor médio do teor de cinzas relatado por alguns autores é de 7,50%, sendo o encontrado no presente trabalho, bem próximo à média (7,25%). Com respeito ao teor de fenóis, observou-se que a amostra que apresentou o menor conteúdo foi a das folhas (Moringa Mais Vida) extraída com etanol (1,84%). A amostra com o maior conteúdo de fenóis totais foi a das folhas de MG (2,23%), extraídas com etanol, indicando que a grande variação pode ser atribuída às condições de plantio, solo, chuva, entre outras. Na análise do teor de flavonoides totais, observou-se que a amostra que apresentou o maior teor de flavonoides foi a das folhas (MG) extraídas com etanol:água (50:50) (1,88%) e a que apresentou o menor teor foi a das folhas (Moringa Mais Vida) (0,1415%) extraídas nas mesmas condições. A análise cromatográfica por HPLC mostrou picos que podem ser ácidos aromáticos e flavonoides cuja concentração varia, dependendo do tipo de extração. A análise está sendo repetida, com injeção dos padrões disponíveis para a quantificação. Realizou-se ensaios in vitro da atividade antioxidante dos extratos, onde as folhas (Moringa Mais vida) apresentaram melhor atividade supressora de radicais livres, com um valor de CE50% de 6,58 µg/mL para o extrato etanólico e 8,16 µg/mL para o extrato aquoso, esta atividade biológica pode ser atribuída a presença de compostos fenólicos e flavonoides relatadas acima em análise qualitativa e quantitativa. Realizou-se uma análise multivariada em dois grupos (Moringa Mais Vida e Moringa de MG), levando-se em consideração todas as condições de extração versus o teor de fenóis e flavonoides. O grupo de MG apresentou maior conteúdo de fenóis com correlação de 88%. Os resultados obtidos demonstraram que o extrato etanólico das folhas da moringa apresentaram um alto conteúdo de fenólicos totais e flavonoides totais. O extrato etanólico também apresentou uma atividade antioxidante in vitro considerável.