Arquitetura de ninho e manejo de abelha jandaíra (Melipona subnitida Ducke) no alto sertão da Paraíba.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: DANTAS, Maria Cândida de Almeida Mariz.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar - CCTA
PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMAS AGROINDUSTRIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/866
Resumo: A abelha Jandaíra (Melipona subnitida Ducke), conhecida popularmente por abelhas indígenas sem ferrão, é uma espécie de melipônea típica da caatinga, do semiárido brasileiro. No entanto, está ameaçada de extinção em consequência das alterações de seus ambientes, causadas principalmente pelo desmatamento, uso indiscriminado de agrotóxicos e pela ação predatória de meleiros. Portanto, objetivou-se com este trabalho estudar a arquitetura de ninho e manejo de abelha Jandaíra em criatório comercial, localizado na comunidade Baixio dos Albuquerque, no município de São João do Rio do Peixe, região do alto sertão da Paraíba. Os dados da pesquisa foram coletados durante o manejo de colônias alojadas em caixas racionais, medindo 70 cm de comprimento, 11 cm de largura e 13 cm de altura, no período de novembro de 2014 a julho de 2015. Para caracterização do ninho, foram mensurados os parâmetros relativos à área de crias e área de alimentos. Na área de crias, foram avaliados o número de discos por colônia, comprimento (cm), largura (cm) e altura(cm) dos discos, diâmetro (cm) e altura (cm) das células de crias, número de células de crias por cm2 e volume das células de crias (ml). Na área de alimentos, foram avaliados o número de potes de mel e de pólen por colônia, altura (cm) e diâmetro (cm) dos potes de mel e de pólen, volume dos potes de mel (ml) e peso dos potes de pólen (g). Na área de crias, foram encontrados, em média, 5,10 discos por colônia que apresentaram comprimento e largura 10,42 cm e 5,58 cm, respectivamente. Em relação às células de crias, foram encontradas 4,10 por cm2, cujo diâmetro e altura foram respectivamente de 0,52 e 0,79cm. Foram encontrados, em média, 30,41 potes de mel cuja altura, diâmetro e volume apresentaram, respectivamente, os valores médios de 3,07 cm, 3,05 cm e 6,73 ml. A média de potes de pólen foi de 12,21 unidades por colônia, com altura de 3,04 cm, 2,8 cm de diâmetro e 7,23 g de massa por pote. Potes de mel e de pólen estão diretamente relacionados com produção de mel e desenvolvimento da colônia. Os resultados sugerem que a criação de abelha Jandaíra em caixas racionais proporciona um melhor aproveitamento dos produtos elaborados por estes insetos, sem danificar a área de ninho nem comprometer o desenvolvimento das colônias, oferece melhores condições de manejo ao criador e evita a destruição da vegetação nativa.