Estudo do gerenciamento dos resíduos dos serviços de saúde na atenção básica em Campina Grande-PB.
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1759 |
Resumo: | Os Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) representam maior ameaça à saúde pública e ao meio ambiente não somente pela sua quantidade, mas pelo alto potencial de risco de propagação de doenças. Logo o seu gerenciamento necessita de maior segurança no manejo, proporcionando, ao mesmo tempo, a melhor qualidade dos serviços prestados e incentivando a redução do volume de resíduos produzidos. Esta dissertação teve como objetivo geral estudar o gerenciamento dos resíduos dos serviços de saúde que fazem parte da atenção básica no município de Campina Grande-PB, desde a geração até a disponibilização para a coleta externa. Quanto à metodologia, essa pesquisa foi do tipo descritiva, exploratória, transversal, de abordagem quantiqualitativa. Participaram do estudo 7 gestores municipais, e 78 trabalhadores de 36 Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF), sendo 55 profissionais de saúde e 23 auxiliares de serviços gerais. Os instrumentos de coleta de dados foram: um formulário aplicado aos auxiliares de serviços gerais e dois roteiros de entrevista semiestruturada direcionado aos profissionais de saúde e aos gestores municipais. Principais resultados: em relação aos auxiliares de serviços gerais, a média de resíduos gerados diariamente é de 262 litros/dia; mesmo tendo Equipamentos de Proteção Individual (EPI) disponíveis, 56,52% não os utiliza; 43,49% não costuma realizar exames e consultas médicas e 100% nunca foram capacitados para a função. No tocante aos profissionais de saúde: não há acondicionadores adequados para os resíduos; a maioria das unidades não tem local adequado para armazenamento temporário dos RSS; existe equipe diferenciada para coletar o lixo infectante, porém não há regularidade do serviço, bem como o amálgama odontológico permanece há anos sendo armazenado nos consultórios; as formas de tratamento e destinação final consideradas corretas pelos entrevistados são a incineração e a coleta seletiva; foi unânime a inexistência de cursos e aperfeiçoamentos promovidos pelos gestores sobre os RSS; existe carência de divulgação de normas e legislações específicas aos RSS; os profissionais acidentados não recebem apoio e orientação na condução dos casos. Em relação à gestão: as ações praticadas referentes aos RSS restringem-se ao fornecimento de embalagens para armazenamento dos resíduos e a coleta realizada por empresa terceirizada; há fragmentação no gerenciamento dos RSS; há conhecimento insuficientemente sobre legislação, normas e regulamentos vigentes; não existem propostas sobre a realização de treinamentos para os trabalhadores; há ciência da falta de eficácia e eficiência do gerenciamento dos RSS na atualidade. Sugerimos ao poder público municipal: a construção de um Plano de Gerenciamento dos Resíduos dos Serviços de Saúde (PGRSS) municipal que possa ser ajustado à realidade de cada Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF); a elaboração de uma proposta de treinamento e a constituição pela Gestão Pública Municipal de um Sistema de Informação Ambiental. As sugestões para os trabalhadores das UBSFs foram reivindicar política de saúde do trabalhador eficiente; programa de educação continuada; melhoria na estrutura física das UBSFs e interação com empresas terceirizadas que participam do manejo dos resíduos. |