Entre a ciência e a saúde pública: a construção do médico paraibano como reformador social (1911-1929).
Ano de defesa: | 2015 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/484 |
Resumo: | Este trabalho problematiza representações da sociedade paraibana construídas por médicos que atuaram na Paraíba entre 1911 e 1929. Tais representações, postas em circulação por meio de escritos na imprensa e de palestras e conferências em espaços públicos (noticiadas pelos jornais locais), constituíram a imagem de uma sociedade “enferma”, que “inspirava cuidados médicos”. Analisando estas representações médicas, elaboramos uma narrativa possível sobre a construção da figura do médico paraibano como “homem de ciência” e “reformador social”. Interpretamos que a construção desta identidade médica, junto com a constituição, na mesma época, de uma medicina social de caráter preventivo e pedagógico na Paraíba, contribuíram para que a medicina paraibana alcançasse maiores níveis de legitimidade social e institucionalização profissional. Na construção do trabalho, analisamos jornais e revistas que circulavam na Paraíba durante o recorte estudado, tais como os jornais A União, A Imprensa e Gazeta do Sertão, bem como a Revista Era Nova. Além destas fontes, analisamos também documentos oficiais, especialmente as mensagens anuais dos presidentes da Paraíba endereçadas ao poder legislativo estadual. As representações sobre medicina, doenças e saúde que circularam na Paraíba por meio destes impressos foram problematizadas a partir da leitura teórica da Nova História Cultural, especialmente na linha dos trabalhos de Roger Chartier, autor com o qual nos aproximamos a partir dos conceitos de representação, leitura e apropriação. Além disso, dialogamos com as análises de Michel Foucault acerca das relações de poder, e com as formulações teóricas de Sandra Jatahy Pesavento sobre o tema das sensibilidades. Esta narrativa também estabelece diálogos com o campo da história da saúde e das doenças que tem problematizado estes temas a partir de uma perspectiva sociocultural, atenda às dimensões simbólicas e sociais relacionadas às experiências históricas de adoecimento e medicalização. |