Controle da intoxicação por Palicourea aenofusca.
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA E SAÚDE ANIMAL UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/25436 |
Resumo: | aeneofusca (Müll. Arg.) Standl. contem monofluoracetato de sódio (MFA) e quando administrada na dose de aproximadamente 0,6 g\kg de peso corporal (g\kg) produz morte súbita associada ao exercício. Esta dissertação é formada por dois artigos. No primeiro, intitulado Aversão alimentar condicionada no controle da intoxicação por Palicourea aeneofusca (Rubiaceae), enviada a Pesquisa Veterinária Brasileira, foi testada a possibilidade de induzir aversão alimentar condicionada à essa planta em caprinos. Para isso 0,35 g\kg de folhas verdes da P. aeneofusca foram oferecidos para consumo espontâneo a seis caprinos nos dias 1, 5, 10, 20, 30, 60 e 90 após o início do experimento. No primeiro dia todos os caprinos ingeriram a planta e imediatamente foram tratados com 175 mg\kg de cloreto de lítio (ClLi) administrado através de sonda ruminal. No 5° dia somente dois dos seis caprinos retornaram a ingerir a planta e foram tratados novamente com a mesma dose de ClLi. Nos dias 10, 20, 30, 60 e 90 nenhum caprino ingeriu a planta. Em outro grupo semelhante de seis caprinos a planta foi oferecida nos dias 1, 10, 20, 30, 60 e 90. Todos os animais ingeriram a planta no primeiro dia e imediatamente após a ingestão lhes foi administrada água através de sonda ruminal na dose de 1 mL\kg de peso corporal. Todos os animais retornaram a ingerir a totalidade da planta oferecida nos dias 10, 20, 30, 60 e 90. Esses resultados demonstram que é possível induzir aversão alimentar condicionada à P. aeneofusca por um período de pelo menos 90 dias, mesmo após a ingestão de doses baixas, não tóxicas. No segundo trabalho, intitulado Indução de resistência à intoxicação por Palicourea aeneofusca (Rubiaceae) mediante administração de doses sucessivas não tóxicas, enviado à pesquisa veterinária Brasileira, foi testada a hipótese que doses não tóxicas repetidas de Palicourea aeneofusca criam resistência à intoxicação. Para isso, 12 caprinos foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos experimentais de seis animais cada. No Grupo 1 foi induzida resistência mediante a administração, durante quatro períodos alternados: 0,02 g/kg durante 5 dias, 0,02 g/kg durante 5 dias, 0,03 g/kg durante 5 dias e 0,03 g/kg por mais 5 dias. Entre o primeiro e o segundo período de administração e entre o segundo e o terceiro período os animais não receberam planta por 10 dias consecutivos e entre o terceiro e quarto período de administração os animais permaneceram 15 dias sem ingerir a planta. Um caprino morreu subitamente quando estava recebendo 0,03 g/kg, no terceiro período de administração. O Grupo 2 não foi adaptado ao consumo de P. aeneofusca. Quinze dias após a adaptação ao consumo de P. aeneofusca do Grupo 1, os dois grupos receberam P. aeneofusca na dose diária de 0,03g\kg durante 19 dias. A partir do 20° dia de administração continuada a dose diária de P. aeneofusca foi aumentada para 0,04 g/kg. Esta dose foi administrada por mais 12 dias. Os animais que mostraram sinais clínicos foram retirados do experimento imediatamente após a observação dos primeiros sinais. Um caprino do Grupo 2 apresentou sinais clínicos de intoxicação e morreu no 120 dia de administração e dois apresentaram sinais clínicos no 240 dia; um se recuperou e outro morreu. Após finalizada esta fase do experimento e para comprovar se os caprinos que não tinham adoecido no Grupo 2 tinham também adquirido resistência foi introduzido outro grupo com três caprinos. Esses três caprinos (Grupo 3), os cinco caprinos do Grupo 1 e os três sobrevivente do Grupo 2 ingeriram uma dose diária de 0,06g/kg. Os três caprinos do Grupo 3 adoeceram no terceiro dia após o início da ingestão, dois morreram de forma hiperaguda e o outro recuperou-se após 10 dias. Todos os caprinos dos Grupos 1 e 2 ingeriram P. aeneofusca na dose de 0,06 g/kg/dia durante nove dias sem apresentar nenhum sinal clínico. Os resultados deste trabalho demonstram que a administração de doses não tóxicas repetidas de P. aeneofusca aumentam significativamente à resistência à intoxicação e que esta técnica poderia ser utilizada para o controle da intoxicação por P. aeneofusca e outras espécies de Palicourea com similar toxicidade. |