Modernidade e ciência: tensões no discurso agroecológico.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: PAULINO, Jonatta Sousa.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/27758
Resumo: A agroecologia vem sendo cada vez mais incorporada por movimentos sociais como dimensão constitutiva de suas propostas e reivindicações. No Brasil, diversos trabalhos sobre experiências agroecológicas estão sendo produzidos, apresentando, principalmente, a agroecologia como uma forma de promover o resgate à tradição do campesinato, de reproduzir o conhecimento local, de produzir alimentos saudáveis e de minimizar a dependência das políticas governamentais. Nesta pesquisa, tenho como objetivo analisar o discurso do movimento agroecológico, enxergando o cenário responsável pela construção das categorias deste discurso e os seus posicionamentos políticos implícitos, tomando como ponto de partida a hipótese de que a ciência é também uma forma de construção identitária dos atores sociais a partir da interação dos agricultores com o aparato institucional promotor da agroecologia. Para tal, procurei perceber se a bandeira defendida pelos técnicos e agricultores que trabalham com Bancos de Sementes Comunitários, conformados na rede Sementes da Paixão, no estado da Paraíba, enquanto um caso dentre as várias manifestações da agroecologia, é um discurso atravessado por um posicionamento ideológico proveniente do contato com os disseminadores do saber técnico-científico, ou se a produção textual disseminada se baseia realmente em evidências empíricas, amparadas na vida dos agricultores e no apelo a aspectos simbólicos inscritos em certa tradição. Assim, realizo uma crítica teoricamente informada sobre a produção científica acerca da realidade estudada, oferecendo também uma reflexão, no campo das ciências sociais, sobre o tema das relações entre a sociedade, natureza e ciência.