O teatro de Lourdes Ramalho e a invenção da autoria nordestina.
Ano de defesa: | 2005 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Campina Grande
Brasil Centro de Humanidades - CH PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS UFCG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/1893 |
Resumo: | Este trabalho discute as condições históricas da construção da autoria e obra de Lourdes Ramalho, percorrendo a trajetória de vida e intelectual da autora, perscrutando as relações que manteve com seus contemporâneos, com os livros que leu e como leu para pensar a maneira como essa autora imprimiu em seus textos a idéia de Nordeste e de nordestino. Pensar a autoria como um lugar histórico e social, significa ao mesmo tempo discutir as brechas e as contradições que também constituem a mesma, por isso a necessidade de ter discutido a idéia de povo enquanto lugar de distanciamento do lugar da autora, o modelo de feminino que a mesma constrói como um lugar de masculinização das mulheres da região, e por fim, a construção do riso em seus textos como um lugar, também, de regramento da inversão dos costumes da cultura nordestina. Inspirada na proposta Foucaultiana de análise de discurso, que sugere ver as relações de poder nas linhas de discurso, as verdades e os embates que são parte de todo escrever, na teoria de gênero de Butler e Foucault que pensam os sexos, os corpos, o gênero como dimensões outras dos discursos que tentam definir uma verdade para os sujeitos, e na proposta de Durval Muniz, que inspira o (re)pensar as identidades sociais, culturais e sexuais que inscreveram uma dada forma de ver e se fazer nordestino, imprime-se nesse texto uma outra maneira de ler a obra de Lourdes Ramalho e tudo o que ela cria, de (re)ver o lugar que ocupa a autoria nordestina e a naturalização que a define, porque as nossas identidades regionais misturadas às identidades de gênero naturalizaram a cultura nordestina e tudo o que nela é produzido, criando silêncios, negando a diferença, a diferença de ser homem, mulher, autor e obra no Nordeste, dentro e fora desse espaço. |