Avaliação dos impactos socioeconômicos e ambiental da agricultura familiar na microbacia do Oiti, Lagoa Seca-PB.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: SANTOS, Maria do Carmo Cardoso Almeida dos.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/6404
Resumo: No Estado da Paraíba, a agricultura familiar vem desempenhando funções relevantes para o crescimento e desenvolvimento do Estado e sustentabilidade das famílias rurais. A agricultura familiar é responsável por grande parte da produção de alimentos e ocupação direta de mão de-obra, abrindo novos espaços de empregos, contribuindo para a fixação das famílias no campo. Esses agricultores e agricultoras lutam contra limitações de ordem social e econômica e exploram de forma intensiva o solo, utilizando adubos e defensivos químicos, contribuindo dessa forma para o esgotamento da terra, a degradação dos recursos naturais e o desequilíbrio da natureza. Nesse contexto, tem-se verificado que os problemas relacionados à conservação dos recursos naturais vêm despertando atenção e preocupação da sociedade, chegando a comover a consciência, mobilizando os dirigentes e grupos representativos das comunidades. O presente estudo teve como objetivo avaliar através de diagnóstico socioeconômico e ambiental o estado de degradação da Microbacia do Oiti- Lagoa Seca – PB, Brasil, priorizando metas de recuperação. O estudo foi realizado mediante observação in loco, visitas e entrevistas com 40% dos chefes de famílias das pequenas propriedades rurais dessa comunidade. A metodologia utilizada foi a de Rocha (1997) adaptada, em que foram avaliados os fatores social, econômico, tecnológico, ambiental e suas variáveis. As variáveis social, econômica e tecnológica contribuíram com 64%, 35,74% e 31,62%, respectivamente para a deterioração socioeconômica da Microbacia que é de 48,51%. O tamanho da propriedade é o maior contribuinte para a degradação da variável tecnológica e econômica influenciando uma maior vulnerabilidade socioeconômica dos agricultores e agriculturas dessa comunidade. Além desses fatores 67,9% dos chefes de famílias utilizam recursos próprios para financiar sua produção, 82,1% dos produtores não recebem acompanhamento técnico e 60% não recebem assistência técnica. A degradação do fator ambiental foi de 46,34%, tendo contribuído para a elevação deste índice a variável agrotóxico com 74,86%, complementada pela variável meio ambiente com 25,14%. O manejo inadequado dos recursos naturais, relacionados à contaminação por agrotóxicos, adubos químicos, uso inadequado de esgoto, saneamento, resíduos sólidos, ausência de práticas de manejo e conservação do solo e água favoreceu a degradação ambiental da Microbacia do Oiti.