Zoneamento geoambiental em microbacia hidrográfica do Semiárido Paraibano.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: FERNANDES NETO, Silvana.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/16829
Resumo: Uma das grandes preocupações da humanidade, ao buscar melhorias na qualidade de vida, vem sendo o uso racional dos recursos naturais, a recuperação e a preservação do meio ambiente. Na zona semiárida do Nordeste brasileiro, algumas características merecem destaque, como as atividades produtivas, alta densidade demográfica, solos deteriorados, variações pluviométricas e as instabilidades climáticas. Nesse contexto, objetivou-se com este estudo elaborar uma ferramenta de zoneamento geoambiental, a partir da análise da aptidão de uso/ocupação das terras, tendo como base o coeficiente de rugosidade, em uma microbacia hidrográfica do semiárido paraibano, a fim de determinar áreas com potencialidades de usos e fragilidades ambientais, visando o uso racional, preservação e conservação dos recursos naturais, bem como melhoria na qualidade de vida da população e desenvolvimento local. Para tanto, foram elaborados diagnósticos do meio físico e, através do fator coeficiente de rugosidade, foi possível se identificar áreas de aptidão de uso na microbacia. Os resultados foram obtidos mediante a proposição de metodologias de geoprocessamento, como ferramentas de análise em cada etapa do trabalho. A área de estudo foi a microbacia Riacho Fundo, localizada no distrito da Ribeira em Cabaceiras/PB, a qual possui área de 3.757,9 ha. Para o estudo da aptidão de uso das terras, fez-se uma adaptação do fator coeficiente de rugosidade para a região, além da análise dos dados físicos, sendo, rede de drenagem, clima, solos, declividade, relevo e uso e ocupação. Quanto ao uso, à cobertura vegetal recobre 92,8% da microbacia, composta por vegetação arbustiva, herbácea e arbórea de caatinga; ainda, 0,9% é composta por corpos d'água; 2,4% por áreas com cultivo agrícola; 3,2% com presença de processos erosivos e afloramentos de rocha e 0,7% da área com presença de estradas e construções. Quanto à aptidão de uso, 82,1% da microbacia, está classificada com aptidão A, ou uso simplificado, sendo áreas passíveis de instalações ou construções de técnicas de contenção de solo e água, junto às áreas baixas, onde concentram materiais inconsolidados provindos das partes mais altas da microbacia. Pode também ser utilizada com culturas anuais e perenes, criação de pecuária, pastagens e/ou reflorestamento e vida silvestre, sendo cultiváveis com práticas simples de manejo e conservação. Ainda, 17,9% tem aptidão D, ou uso protegido, com restrições de usos, sendo prioritariamente permitida a utilização como abrigo e proteção de fauna e flora silvestre, ou ainda, como ambiente para recreação, ou para fins de armazenamento de água. São áreas impróprias para o cultivo agrícola, pastagem ou reflorestamento.