O homem na construção social dos riscos a desastres no semiárido paraibano.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: MEDEIROS, Mônica Garcia Agra de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Tecnologia e Recursos Naturais - CTRN
PÓS-GRADUAÇÃO EM RECURSOS NATURAIS
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/6169
Resumo: Este trabalho objetivou um estudo comparativo da degradação ambiental na construção social dos riscos, levando em consideração as vulnerabilidades socioeconômicas e ambientais da população rural nos municípios de Picuí, Sousa e Sumé, todos no semi-árido paraibano. O processos de degradação/desertificação das terras no Estado da Paraíba é definido pelos níveis de degradação muito baixo, baixo, moderado baixo, moderado, moderado grave, grave, muito grave ocupam respectivamente 1,52%; 13,86%; 32,91%; 18,00%; 18,11%; 6,09%; 6,11% do total da área dos três municípios, com os núcleos de desertificação ocupando uma área 1,93%. Este é um quadro altamente preocupante, pois a partir do nível moderado a baixo considera-se a existência de algum tipo de degradação das terras, verificamos que 83,15% da área estudada já se encontram comprometidos. As composições multiespectrais ajustadas das imagens TM/Landsat, juntamente com a aplicação de questionários à população rural, para diagnosticar as condições socioeconômicas e ambientais do produtor e de seu núcleo familiar, e as relações de gênero que conferem lugares distintos a homens e mulheres na sociedade, formaram a base da discussão da construção social dos riscos. A análise das condicionantes dos riscos nos três municípios estudados, mostrou que na base destes riscos está à falta de políticas públicas que vise o desenvolvimento sustentado do semi-árido e a erradicação da pobreza. As constatações obtidas constituem uma importante contribuição para o conhecimento da realidade dos municípios pelos governantes, tanto estadual como municipal, e têm um caráter norteador como subsídio às tomadas de decisão na definição de ações administrativas mais eficazes, incluindo-se aqui a criação de um programa de alerta antecipado, de modo a melhorar a qualidade de vida da população do semi-árido, promovendo a cidadania.