O Parque do Açude Novo e a (re)construção da alma campinense - Campina Grande (1969-1976).

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: SOUSA, Katyuscia Kelly Catão de.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Humanidades - CH
PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/28350
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo historicizar as transformações urbanas nos anos de 1969-1976, em Campina Grande, PB, entendendo a construção do Parque do Açude Novo, hoje Parque Evaldo Cruz, como representação da cidade sonhada e das cidades temidas por aqueles que o projetaram. Em companhia dos conceitos da História Cultural do Urbano e amparada por documentos oficiais, códigos de posturas, crônicas e jornais, procuramos mergulhar nas águas nebulosas daqueles anos, mergulho denso na ambivalência de tempos que se cruzam e se embaralham num mesmo tempo, tornandose outros tempos. A construção do Parque deu-se num momento em que a cidade passava por uma crise financeira e psicológica, quando se dizia que a cidade tinha perdido sua alma. Olhava-se para Campina e via-se seu passado e futuro gloriosos, o presente estando esvaziado de sentido e isso também se dava quanto a uma espacialidade específica da cidade, o Açude Novo, lugar onde foi construído o Parque do Açude Novo. Aquele lugar não oferecia mais uma dimensão desejável à cidade; olhava-se para ele pensando na sua importância histórica, mas, mais ainda, no que e em que ele poderia ser transformado. Os sonhos, projetos e contornos para a mudança espacial e psicológica da cidade foram tecidos e desenhados na gestão do Interventor Luiz Motta Filho, uma gestão que além de querer disciplinar a cidade, procurou devolver-lhe a alma. A gestão do seu sucessor, Evaldo Cavalcanti Cruz, colocou-se publicamente como continuação dos planos da intervenção, o que o fez responsável por concretizar muitos dos sonhos da gestão anterior, sendo o Parque do Açude Novo sua meta principal, espaço que se colocou na cidade como guardião do passado glorioso e representação do futuro brilhante que a cidade teria. Foi então no estudo das transformações, dos múltiplos de sentidos numa espacialidade especifica da cidade que procuramos conhecer um pouco mais de suas histórias, vivências e sonhos.